Paula Toller em João Pessoa para turnê “Amorosa”’

Paula Toller volta à capital para celebrar os 40 anos de carreira em show dia  13 de Abril,  a partir das 21h, na Domus Hall. O show faz parte da turnê ‘Amorosa’, que celebra 40 anos de carreira da artista.

Com ingressos a partir de R$ 75,00 pela Eventim.

A apresentação reúne sucessos do Kid Abelha e da carreira solo, o show sob direção musical de Liminha, ‘Amorosa’ traz clássicos imortalizados na voz de Toller, como “Fixação”, “Por Que Não Eu?”, “Maio”, “A Fórmula do Amor”, “Lágrimas e Chuva”, “Eu Tive um Sonho” e “Te Amo Pra Sempre” entre outros sucessos.

No palco da Domus Hall, Toller apresenta-se ao público acompanhada de Gustavo Camardella (violão e vocal), Pedro Dias (baixo e vocal), Gê Fonseca (teclados e vocal) e Adal Fonseca (bateria), além de Liminha também à frente do violão.

Trajetória

Paula Toller é uma cantora e compositora brasileira, considerada uma das melhores vozes soprano lírico da música popular brasileira. A carreira de Paula Toller se funde com a da banda Kid Abelha, um dos maiores fenômenos da música nacional, com mais de 10 milhões de discos vendidos, uma imensa coleção de hits e discos de ouro, platina e diamante.

A banda encerrou suas atividades em pleno sucesso, e Paula segue seduzindo os fãs brasileiros com sua voz inconfundível e uma bem sucedida carreira solo, com shows de alto nível e ótimas letras, além de muitos prêmios. Nos últimos anos, o público vem se renovando através das redes sociais, com milhares de jovens interpretando seus hits em diversos estilos.

Paula Toller em João Pessoa para  turnê ‘Amorosa’

Data, horário e onde

Dia 13 de abril, a partir das 21h

Domus Hall – Avenida Governador Flávio Ribeiro Coutinho, 220 (Shopping Manaíra)

Ingressos a partir de R$ 75,00 (meia)

Vendas online: https://www.eventim.com.br/event/paula-toller-turne-de-40-anos-de-sucesso-dommus-hall-18329733/

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Luiz Eça ganha tributo do pianista Diogo Monz

Álbum de piano solo chega às plataformas no dia do aniversário do homenageado

Ouça o álbumhttps://orcd.co/diogomonzoplaysluizeca. (2/04)

No dia 3 de abril Luiz Eça completaria 88 anos. Pianista, compositor, arranjador e professor de jovens músicos, Luizinho, como era carinhosamente chamado pelos amigos, foi responsável pela formação do lendário Tamba Trio, formado por Hélcio Milito na bateria, Bebeto no contrabaixo e Eça ao piano. Além do Trio, Luiz Eça trabalhou como arranjador e pianista para artistas como Elis Regina, Tom Jobim e Vinicius de Moraes, entre muitos outros expoentes da música brasileira.

Para celebrar a data especial e o legado de Luiz Eça, chega às plataformas nesta quarta-feira o novo álbum de piano solo ao vivo de Diogo Monzo, músico profundamente influenciado e estudioso da obra de Eça.  “Diogo Monzo Plays Luiz Eça – Solo Piano Live”, captura as interpretações de Monzo para temas gravados em dois concertos: no Salon Brahms, em Viena (Áustria), e no Bulgaria Chamber Hall, em Sófia (Bulgária), com a parceria e o apoio do Zenon Instituto Cultural.

O projeto possui um sabor especial, pois é o primeiro álbum de piano solo na discografia da musica brasileira com a obra de Luiz Eça, gravado em solo Europeu.

Sobre Diogo Monzo

 Doutor em Música pela UNIRIO (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro), selecionado entre os Top 5 no Concurso “Made in New York Jazz”, Monzo foi eleito um dos melhores instrumentistas em 2015 e 2018 pelo site Melhores da Música Brasileira. Em 4 de dezembro de 2015 fez sua estreia na Europa e no ano seguinte estreou nos EUA, em Nova York, no Tribeca Performing Arts Center, ao lado de grandes nomes do jazz, como Rufus Reid, Tommy Campbell, Philip Harper e Bobby Sanabria. Desde então, Diogo tem se apresentado no Brasil e no exterior.

Lançou pela gravadora Biscoito Fino os álbuns “Sebastiana” e “Diogo Monzo Filho do Brasil”. Seu projeto “Luiz Eça por Diogo Monzo” foi lançado pela gravadora “Fina Flor”. Em 2023 lançou o álbum “Nós e o Mar”, parceria com Roberto Menescal e Ricardo Bacelar, editado pela gravadora Jasmin Music.

Repertório:

1-The Dolphin (Luiz Eça) – gravado em Sofia
2-Alegria de Viver (Luiz Eça/Fernanda Quinderé) gravado em Sofia
3-Chorinho Póstress para Fernanda Quinderé (Luiz Eça) gravado em Viena 4-Reencontro (Luiz Eça/Fernanda Quinderé) gravado em Sofia
5-Melancolia (Luiz Eça/Ronaldo Bôscoli) gravado em Viena
6-Quase um adeus (Luiz Eça/Paulo César Pinheiro) gravado em Viena
7-Imagem (Luiz Eça/Aloysio de Oliveira) gravado em Sofia

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Ensaios Perversos em nova edição

O Ensaios Perversos, ação mensal da Cia Perversos Polimorfos, dirigida por Ricardo Gali, que tem proposto gerar ambientes férteis que semeiem estudos, discussões e partilhas artísticas, especialmente em espaços deslocados do centro, para colaborar com o fortalecimento cultural a partir do desenvolvimento de redes criativas entre artistas de distintos segmentos, bem como a expansão do público promovendo novas formas de sociabilidade, acontece nesta quinta, dia 28 de março, das 19h à meia-noite, no Clube da Comunidade Vento Leste – Dolores Boca Aberta.

Construído por mutirões comunitários há 18 anos, em área pública abandonada na Zona Leste da capital, o CDC Vento Leste, além de espaço-sede do grupo de teatro Dolores Boca Aberta, hoje abriga outros coletivos independentes de diversas áreas e linguagens, centro desportivo revitalizado e um parque de esculturas a céu aberto, com uma efervescência sociocultural surpreendente, igualável a de poucos espaços da cidade.

O programa se dá em três momentos independentes – “Conversas sem Fim” recebe Sylviane Guilherme, bailarina da desCompanhia de Dança de Curitiba e integrante do Coletivo Nacional de Cultura do MST, para falar sobre o “Corpo telúrico dançante: da desterritorialização do corpo e da dança até o MST”; seguida de “Preliminares”, com as performances “Corpo Barraco”, de Douglas Iesus, do coletivo Fragmento Urbano, e “Preto Abstrato”, de Eliana de Santana, da E² Cia de Teatro e Dança; e por último, “Dance Floor”, com o DJ Gil BF, com um set eclético que vai do hip hop, passeia pelo samba e MPB até o rock, reggae e funk soul.

A partir de sua vivência como artista, educadora, pesquisadora da dança e integrante do Coletivo Nacional de Cultura do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra de Curitiba, Sylviane Guilherme levanta o tema da materialidade dos debates e das práticas sobre corpo no MST, questionando se a dança tem ou não intencionalidade política estratégica para o movimento, que reúne comunidades rurais pela conquista da reforma agrária e a defesa do meio ambiente. Sylviane Guilherme é doutoranda em Educação, pela UFPR, mestra em Desenvolvimento Territorial na América Latina e Caribe, pela UNESP, e licenciada e bacharel em Dança, pela FAP/UNESPAR.

O bloco “Preliminares” tem início com o solo “Corpo Barraco”, de Douglas Iesus, que parte de um texto escrito pelo próprio artista no livro “Por entre esquinas”, referente à construção de um barraco na quebrada pelo corpo de um homem preto e periférico. Pesquisador e educador de dança da periferia de São Paulo, Iesus fundou e dirige o grupo Fragmento Urbano de Dança desde 2009, onde desenvolve e aprofunda suas investigações artísticas.

Na sequência, Eliana de Santana dança a nova pesquisa da E² Cia de Teatro e Dança, “Preto Abstrato”, que tem como motivação inicial construir um trabalho a partir de um viés abstrato, numa ação ou resultado cênico que não traga nenhuma referência direta ao real, numa poética do corpo e do espaço, que possa existir e fazer sentido por si só. Eliana de Santana dirige a E² Cia de Teatro e Dança, núcleo que desde 1996, atua principalmente na área da dança contemporânea criando espetáculos cujo tema e poética estão ligados a questões do sujeito anônimo e se utiliza de ferramentas como células móveis de composição no processo de confecção das obras.

Até a meia-noite, DJ Gil BF comanda a pista de dança, com uma seleção musical diversa, mesclando clássicos, atualidades e músicas da cena alternativa e underground. Além de DJ, Gil BF é pesquisador e editor do Portal de Hip-Hop Bocada Forte.

Em seus 10 anos, comemorados em 2024, “Ensaios Perversos” tem como fundamento trazer discussões em educação, filosofia, psicologia e direitos humanos na contemporaneidade. A ação, que surgiu de modo independente,  integra neste momento projeto contemplado pelo programa de Fomento à Dança para a Cidade de São Paulo, da Secretaria Municipal de Cultura.

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Serviço

Ensaios Perversos – ação da Cia Perversos Polimorfos – direção – Ricardo Gali

28/3 (quinta), das 19h às 24h

19h     – Conversa sem fim – “Corpo telúrico dançante: da desterritorialização do corpo e da dança até o MST”, com Sylviane Guilherme

20h30 – “Preliminares” – apresentação de” Corpo Barraco”, com Douglas Iesus / Fragmento Urbano

21h     – “Preliminares” – apresentação de “Preto Abstrato”, com Eliana de Santana/E² Cia de Teatro e Dança

22h     – “Dance Floor” – DJ Gil BF (até 24h).

CDC Vento Leste – Dolores Boca Aberta (ZL)

Rua Frederico Brotero, 60 – Jardim Triana (Próximo ao Metrô Patriarca)

Acessibilidade: sim

Grátis

Para saber mais:

www.perversospolimorfos.com.br

facebook.com/CiaPerversosPolimorfos

https://www.instagram.com/ciaperversospolimorfos/

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“The Chosen – Os Escolhidos” chega aos cinemas

A série “The Chosen – Os Escolhidos” (The Chosen) – que contará com exibição dos dois primeiros episódios da quarta temporada nos cinemas a partir de 21 de março – acaba de lançar seu trailer oficial. Para celebrar a estreia e os mais de 770 milhões de visualizações em seus episódios, os atores Jonathan Roumie (Jesus Cristo), Paras Patel (Matthew) e Lara Silva (Eden) desembarcarão no Brasil entre os dias 16 e 22 de março para eventos em São Paulo e Rio de Janeiro. A distribuição nacional é da Paris Filmes em parceria com a 360 WayUp.

Baseada na vida de Jesus Cristo, interpretado por Jonathan Roumie, a série tem sido bastante elogiada por sua alta qualidade técnica e pela adaptação da história bíblica. É uma das mais vistas nos streamings Prime Vídeo, Peacock e Netflix e já acumula mais de 12 milhões de seguidores nas redes sociais oficiais da produção. Em dezembro de 2023, The Chosen também se classificou como o segundo drama mais assistido e a quarta série não-original mais assistida na Netflix Brasil.

Distribuída globalmente pela Lionsgate, a história é vista através dos olhos daqueles que conheceram Jesus, tendo como pano de fundo a opressão romana em Israel do primeiro século. A produção retrata uma visão íntima da vida e dos ensinamentos de Jesus.

CONHEÇA O ELENCO   

Jonathan Roumie (Jesus Cristo):          

Ator, diretor, produtor e dublador, Jonathan Roumie nasceu e foi criado na cidade de Nova Iorque, onde se formou na School of Visual Arts com diploma em cinema antes de se mudar para Los Angeles para seguir atuação em tempo integral. Roumie é mais conhecido por seu premiado papel como Jesus, em The Chosen – Os Escolhidos. Possui ainda créditos adicionais na TV, como “Chicago Med”, “The Mindy Project”, “The Good Wife”, “Law & Order” e a franquia “NCIS”. Seus últimos trabalhos como dublador incluem a sequência animada “Night at the Museum: Kahmunrah Rises Again”, da Disney+.

Jonathan atua ainda como conselheiro estratégico do Hallow App, maior e mais popular aplicativo de orações e meditação do mundo. Mais recentemente, Roumie estrelou nas telonas o drama épico “Jesus Revolution”, da Lionsgate, em que interpreta um enigmático pregador Lonnie Frisbee. A produção arrecadou mais de US$50 milhões nas bilheterias e continua superando as expectativas da indústria. Roumie atualmente reside no sul da Califórnia.

Lara Silva (Eden):         

Lara é brasileira, nascida em Minas Gerais, e se mudou para os Estados Unidos com seis anos de idade. Foi criada em Fort Lauderdale, na Flórida, e frequentou escola de formação de atores – onde descobriu seu amor por entretenimento. Depois da faculdade, decidiu que era o momento de finalmente seguir seu sonho, e se mudou para Atlanta (Georgia), em 2016. Além de “The Chosen – Os Escolhidos”, ela esteve no elenco de grandes séries da TV como “Dynasty”, “Queen of the South”, “Good Girls” e “Raising Dion and Bloodline”, da Netflix. Recentemente estrelou o filme “Blue Ridge” ao lado do ator Johnathon Schaech. É fluente em português e espanhol.

Paras Patel (Matthew):

Nascido na cidade da Flórida, em Orlando (EUA), Paras Patel fez sua estreia como ator no filme televisivo “Teen Spirit”, no papel principal de Raj Kukuri. Com uma carreira de mais de uma década, Patel fez diversas participações em seriados, incluindo “Nashville” e “For The People”, da ABC, e “Fresh Off The Boat” e “Ray Donovan”, da Showtime. No campo cinematográfico, atuou como ator coadjuvante em “The Duff”, da Lionsgate, ao lado da atriz Mae Whitman. Recentemente, gravou a quarta temporada da série de sucesso global “The Chosen – Os Escolhidos”. O ator também está muito em contato com suas raízes no sul da Ásia e é ex-dançarino profissional de Bollywood. Com uma grande facilidade para aprender novos idiomas, Paras fala fluentemente os idiomas Hindi e Gujarati, e está aprendendo Espanhol e Português. Paras também adora criar histórias e colaborar com outros talentos do sul da Ásia para aumentar a visibilidade no setor.

 

The Chosen – Quarta Temporada

Reinos em conflito. Governantes rivais. Os inimigos de Jesus se aproximam enquanto seus seguidores lutam para acompanhá-lo, deixando-o sozinho para carregar o fardo. A quarta temporada promete partir de onde terminou, com o final emocionante da caminhada sobre as águas na última temporada.

Os episódios de estreia também serão liberados nos cinemas da América Latina, Reino Unido, Polônia, Austrália e Nova Zelândia por meio de uma parceria entre os distribuidores. Após o término da temporada completa nos cinemas, The Chosen anunciará a estreia em plataformas de streaming, incluindo o aplicativo “The Chosen” e outros apps móveis.

As três primeiras temporadas estão disponíveis gratuitamente no app e nas principais plataformas de streaming. Para assistir The Chosen, acesse: https://osescolhidos.tv/.

Sobre “The Chosen”

“The Chosen” é um drama histórico inovador baseado na vida de Jesus (Jonathan Roumie), visto pelos olhos daqueles que o conheceram. Tendo como pano de fundo a opressão romana em Israel do primeiro século, a série de sete temporadas oferece uma visão autêntica e íntima da vida e dos ensinamentos revolucionários de Jesus. A quarta temporada estreia nos cinemas brasileiros em 21 de março de 2024.

 

Com mais de 200 milhões de espectadores, “The Chosen” é um dos programas mais assistidos do mundo. A série se mantém como uma das mais populares nas plataformas de streaming Amazon Prime, Peacock e Netflix, além de ser uma das mais bem avaliadas semanalmente na The CW. O que começou como um projeto financiado por multidões agora acumula mais de 770 milhões de visualizações de episódios e mais de 12 milhões de seguidores nas redes sociais. “The Chosen” é uma produção independente escrita, dirigida e produzida por Dallas Jenkins e distribuída globalmente pela Lionsgate.

Por Karina Kiss

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DCarvalho faz crônicas da natureza e da vida humana no álbum “Sons de Sete Barras”

O álbum  “Sons de Sete Barras” lançado recentemente pelo cantor e compositor DCarvalho é fruto do retorno do artista às composições, quando se mudou para Sete Barras, cidade do interior de São Paulo. As dez faixas divididas entre lado A e B são inspiradas pelas belezas naturais do local, assim como pela atmosfera, rio e lendas do local. À época a pandemia de Covid-19 e o isolamento social reinavam, e os momentos criativos de DCarvalho caminharam juntos.

Ouça “Sons de Sete Barras” nas plataformas de streaming 

Estas características e ambientes dos quais viveu DCarvalho são espelhos que refletem as letras e mensagens das faixas. “É um álbum que traz muitas verdades. A começar com letras que despertam o resgate histórico e a importância da preservação ambiental. Canções compostas durante a pandemia e reflexões sobre a pobreza e o baixo IDH de uma região extremamente rica em recursos e belezas naturais.” Pontuou DCarvalho.

Ele também diz que “O projeto explora, através da música, as enormes riquezas e o grande potencial do Vale do Ribeira, retratando locais turísticos e históricos e trazendo um manifesto de lançamento – a exposição de processos de extração mineral que não tiveram cuidados necessários para a sustentabilidade local. Podemos afirmar que o álbum reforça a bandeira da temática ambiental.”

A faixa “Eu Tenho Cá Pra Mim” abre o álbum enfatizando o amor como energia de transformação, de felicidade. A 2ª faixa, “Quarentena”, é retrato do período de Covid-19, seus efeitos sociais e as mudanças causadas. “Estação de Trem”, a 3ª música, é uma viagem imaginária, inspirada nas abandonadas estações de trem pelo país afora. “Ribeira”, 4ª faixa, também é um passeio, este pelo Rio Ribeira de Iguape, em direção ao litoral, com descrições das belezas e lendas do rio. O lado A se encerra com a 5ª faixa, “A Ponte”, no qual DCarvalho descreve o drama vivido por um personagem que, sem oportunidades, busca sobrevivência fora de sua terra.

O lado B começa com “Sentidos”, um bolero que brinca com os cinco sentidos e indo ao sexto, o sensorial. Também bolero, a próxima faixa, “Fragmentos”, narra as vivências de uma infância pobre, em uma pequena cidade do interior. “Ecoar”, a 8ª faixa, é um tributo a todos os poetas e cantadores, que sonham e impulsionam sonhos coletivos por meio da arte. “Garimpo” (9ª faixa) é sobre as sequelas dos processos destrutivos de extração mineral. Enfim, o álbum se encerra com “Sons de Sete Barras”, a canção que deu origem ao álbum e que conta histórias e lendas de Sete Barras.

Musicalmente, “Sons de Sete Barras” tem um apelo para a MPB regional, como a produzida por Renato Teixeira e Almir Sater, e para a MPB tradicional, como a de Ceumar e Oswaldo Montenegro. DCarvalho ainda pontua a diversidade sonora e de ritmos que podem ser encontradas no álbum. Ele menciona como exemplo o bolero e a folia de reis.

Com arranjos de Omar Campos, o álbum “Sons de Sete Barras” está disponível em todos os aplicativos de streaming e em disco de vinil. Curiosidades do álbum, por DCarvalho Sobre a faixa “As Sete Barras”.

 
A canção “Sons de Sete Barras”, foi inspirada em histórias e lendas, que remontam as origens da Vila de Xiririca atual município de Eldorado Paulista e o povoado hoje conhecido por Sete Barras. A origem do nome de Sete Barras, tem duas versões.; uma atribui o nome da cidade a barra do rio Etá, que é a sétima barra do rio Ribeira de Iguape, pra quem vem do litoral em direção ao interior. A outra, mais interessante, fala de uma lenda. Um espanhol que subiu o rio, garimpando, a procura de ouro em suas cabeceiras, depois de muito tempo no garimpo, juntou uma grande quantidade de ouro e já estava retornando a Iguape. Nas imediações do povoado, tomou conhecimento, através de um indígena, de que a coroa portuguesa havia montado um posto de arrecadação, um registro do ouro do garimpo, a fim de coletar o quinto da coroa. Esse posto é onde hoje se encontra a cidade de Registro.

O espanhol, pra fugir da cobrança, resolveu fundir o ouro, obtendo sete barras de ouro, enterrou as sete barras e saiu em busca de um caminho alternativo, que o levasse ao litoral, sem passar pelo registro. Depois de muito tempo procurando por esse caminho, acabou encontrando e retornou pra buscar o ouro enterrado. Mas por ter se passado tampo tempo, na sua volta, não conseguiu se lembrar do local exato onde estavam enterradas as sete barras de ouro Sobre a faixa “Nego d’água”.

Nesses dias, Ivaporunduva recebia muitos visitantes vindos de lugares distantes. Além das atividades lúdicas, as pessoas participavam das atividades religiosas organizadas por um vigário. As pessoas confessavam, comungavam e faziam novena. Num dos dias da festa, alguns homens foram pescar. Lançaram a rede e, ao puxá-la, além dos peixes, havia um menino. Era um negro d’água. Arisco, o negro d’água foi amarrado e levado ao local da festa. Ele foi vestido e, em seguida, batizado pelo vigário. Passou a ser chamado Inácio Marinho. Deram-lhe comida com sal e, assim, aos poucos, foi amansado. Tempos depois, casou-se e teve filhos. Muitos dos seus descendentes vivem, atualmente, na região e carregam o seu sobrenome, Marinho.

Outro negro d’água, cujo nome e sobrenome ainda são muito lembrados, chamava-se Gregório Marinho. Há muitos anos, ao passear pela superfície do rio na região de Pedro Cubas, o negro d’água encantou-se com uma escravizada que vivia na localidade. Também encantada pelo negro d’água, a escravizada incentivava as vindas do seu admirador. Planejando capturá-lo, ela passou a preparar comida com sal, sem que o negro d’água desconfiasse. Aos poucos, ele foi amansando… muitos quilombolas de Pedro Cubas afirmam descender desse casal.

Fonte e foto : Sala da Notícia

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Plano de Aposentadoria

Plano de Aposentadoria

(The Retirement Plan)

Para aqueles que gostaram de Red: Aposentados e Perigosos (2010), esse filme é para vocês!

Tim Brown (A Criatura Sombria) constrói um filme de ação cuja mensagem vai além das cenas de luta, ele traz consigo humor e até mesmo uma pitada de críticas.

O longa se inicia com Ashley (sim, a Ashley de Crepúsculo) claramente ansiosa em seu carro enquanto escutamos sons do famoso “tiro, porrada e bomba”. Em seguida, entendemos que o homem desesperado que entra em cena é seu marido, que está com algo de valor de algum vilão chamado Donnie, interpretado por Jackie Earle, e traz consigo a melhor atuação do filme até então, diga-se de passagem.

É então que Ashley é obrigada a enviar sua filha para longe, para sua própria proteção e o grande Nicolas Cage (O Peso do Talento) entra em cena como uma espécie de espião aposentado do Tio Sam chamado Matt, que vive sua aposentadoria como muitos sonham: bêbado nas praias das Ilhas Cayman.

É com o protagonista em cena que vemos o filme de fato começar, em Matt temos um personagem claramente desajeitado e caótico, já que o fato de Nicolas Cage ser o “vovô” da história é trazido à tona com grunhidos, frases atrapalhadas, e piadinhas avulsas que de fato, trazem risadas à tona.

Claro que Matt está longe de ser Frank Moses em Aposentados e Perigosos, Cage não quer ser o herói tradicional, e sim aquele que se aposentou e do nada está tendo que lutar pela vida de sua família.

Família essa que ele sequer sabia que tinha, afinal o Tim Brown usa da relação de Matt e sua filha, Ashley (interpretada por Ashley Greene), como uma ferramenta de questionamento sobre a responsabilidade parental vista por adultos.

Já que pela maior parte da vida de Ashley, Matt estava sendo o herói clássico, ou seja, bem longe de casa. Além disso, o longa quer bagunçar a distinção entre “heróis” e “vilões”, ao indagar quando e por que determinadas narrativas optam por posicionar seus personagens de um lado ou outro das histórias.

Bobo, interpretado por Ron Perlman (Hellboy), é um estudioso de Shakespeare que nunca parece à vontade em sua vida de crime, e é o exemplo ideal dessa bagunça. Bobo acaba sequestrando e se tornando a babá da neta de Matt durante a bagunça central do filme, e de repente se vê conversando sobre Shakespeare, jogando dados e comendo pizza com a criança.

Diante dessa história até que cativante e que rende risadas gostosas e sorrisos sinceros, o meu pesar vai para o fato do filme não ter uma linguagem visual condizente com seu enredo leve e divertido. Não que Tim Brown não o tenha tentado, mas é aquele ditado: menos, é mais!

O diretor se apoia em elementos estéticos como um som de chicote que surge sempre que um personagem é introduzido à trama, junto de um efeito similar ao da Avenida Brasil do rosto do ator congelado com cores fortes que não estão presentes em uma identidade visual definida do filme, já que ela não existe. A mixagem de som, há um contraste notável entre  a reprodução do chicote e os diálogos anteriormente apresentados.

Há infinitas mudanças de cenários com legendas engraçadas e piadas visuais, para realçar o tom farsesco do filme.

Como resultado temos um filme de ação com algumas boas cenas, diálogos onde Cage consegue resgatar  seus trocadilhos e piadas, um roteiro que  focado em uma grande lição de moral.

Ana Melchires

Editora: Karina Kiss

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O Alvorecer de uma Estrela 

Disco “Alvorecer“ de Clara Nunes, lançado em 1974, é um dos dez discos clássicos da MPB  há completar 50 anos, mostrando o vigor de uma cantora e de uma  arte  que apontava caminhos.

Reduzir Clara Nunes a uma cantora de samba é reduzir o talento de uma “usina musical” a efervescer na década de 70.

Seria o mesmo que reduzir a nossa MPB a um único estilo, impossível, diante da grandeza da nossa mistura de raças, mistura que Clara se tornou a legítima e talvez, única porta-voz.

Pois Clara tinha as duas grandezas:  a musical e a nacional.

Quando o disco “Alvorecer” chegou ao grande público, Clara avisava em uma das faixas: vem de muito longe esse meu cantar. 

Depois de uma série de discos lançados, baseados em boleros de gosto duvidoso, Clara deu seu afinado grito de independência, capitaneada pelo seu mais novo produtor e companheiro Adelzon Alves, aproximava-se do samba do morro e seus compositores, buscava as raízes africanas, exorcizava  a sua fé na Umbanda e no Candomblé,  no visual de roupas brancas,  guias no pescoço e pés descalços, somando a  tudo isso, o visual e o gestual de Carmem Miranda, contagiante e brasileiro!!!

O disco “Alvorecer” é o fruto de toda essa aspiração artística, que a cantora mineira, ex-tecelã, perseguiu ao chegar ao Rio de Janeiro, com poucas malas e muitos sonhos. Sonho esse, que influenciou e ditou com esse lançamento, o que seria a Música Popular Brasileira a partir de “Alvorecer”.

O selo de 500 mil cópias vendidas reforçava a importância do disco e da carreira de Clara, na época um grande êxito para uma cantora. Puxado pelos  sucessos de: “Conto de Areia” e “Menino Deus“, o disco revela outras pérolas musicais como, “Meu Sapato já Furou”, “Alvorecer“ (faixa título), “Nanaê, Nanã, Naiana“ e a deliciosa regravação de “O que é que a baiana tem“.

Aos 50 anos “Alvorecer“, o disco, prossegue vitorioso e Clara Nunes prossegue essencial!

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Osmar Prado volta ao teatro

Ator divide a cena com Maurício Machado em ‘O Veneno do Teatro’, que estreia no SESC Santana

Quase uma década após pisar pela última vez nos palcos, no musical Barbaridade onde dividiu a cena com Susana Vieira, Osmar Prado retorna à cena com O Veneno do Teatro, thriller escrito pelo espanhol Rodolf Sirera e que cumpre temporada no palco do Teatro do SESC Santana a partir do dia 23 de fevereiro, sexta-feira.

Sob a direção de Eduardo Figueiredo, Prado divide a cena com Maurício Machado para narrar a história de um encontro entre um marquês sádico que convida um ator famoso para sua casa para um jogo, no qual encenam um texto de sua autoria sobre o processo de julgamento e execução do filósofo grego Sócrates.

À medida que a peça se desenvolve, a personagem de Prado impõe ao convidado um jogo perigoso que faz com que ele se aproxime cada vez mais de sua personagem e, por consequência, de seu destino. Escrito em 1978, o texto bebe de inspiração direta de A Pane, do dramaturgo suíço Friedrich Dürrenmatt (1921-2990).

Em cartaz até o dia 24 de março, com sessões de quinta-feira a sábado às 20h e domingos às 18h, O Veneno do Teatro seguirá em turnê por cidades como Belém, Goiânia, Porto Alegre e Rio de Janeiro. Os ingressos custam de R$ 25 (meia) a R$ 50 (inteira).

Fonte : O Tempo

Foto : Divulgação

 

 

 

 

 

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Cia Perversos Polimorfos e Comunidade Cultural Quilombaque fazem o ‘Ensaios Perversos’ de fevereiro

Cia Perversos Polimorfos e Comunidade Cultural Quilombaque fazem o  ‘Ensaios Perversos’ de fevereiro

A Comunidade Cultural Quilombaque, espaço idealizado por ativistas e artistas no bairro de Perus, na zona noroeste da capital paulista, que se dedica a tecer uma relação entre comunidade e cultura, valendo-se dos saberes do território, recebe neste sábado, dia 24 de fevereiro, a ação multicultural ‘Ensaios Perversos‘, realizada há 10 anos pela Perversos Polimorfos, companhia de dança dirigida por Ricardo Gali. Entre 19h e meia-noite, artistas negros, dissidentes e periféricos protagonizam bate-papo para compartilhamento e troca de experiências, performances, batalha de Breaking e pista comandada por MCs e DJs para fazer todo mundo dançar antes de encerrar a noite.

A programação tem início com o multiartista, performer e coreógrafo Eduardo Guimarães, na Conversa Sem Fim, que versará sobre o tema “Ser Pernalta: o corpo que dança nas alturas como processo de cura”. O foco do bate-papo, mediado por Ricardo Gali, se relaciona a processos de construção de poéticas artísticas como políticas educacionais, a partir da encruzilhada entre referenciais e ancestralidades. “A arte na quebrada, no quilombo, não está apartada da educação, do fazer político e da gestão colaborativa de projetos autônomos e independentes”, afirma Guimarães, que no ano passado foi diretor de movimento no projeto Oriri, no Festival Internacional de Circo do SESC, e atualmente é mestrando em Dança, na UFBA (Universidade Federal da Bahia).

Às 20h30, o Bando Undirê dança a primeira performance do Preliminares, “7 Voltas Para Lembrar”. O trabalho traz a simbologia da “árvore do esquecimento”, que se refere ao rito realizado pelas pessoas escravizadas em torno de um Baobá, em África (Benin e Nigéria), com o intuito de esquecer quem eram e de onde vieram, antes de embarcarem nos navios negreiros. “’7 voltas para lembrar’ provoca questões sobre o que queremos esquecer e o que queremos lembrar utilizando a dança, o teatro e a poesia como linguagens ‘suleadoras’”, argumenta Bruno Novais, diretor do grupo, fazendo uso do termo criado pelo físico Marcio D’Olne Campos, que reflete sobre o senso comum em torno do verbo “Nortear”, dando visibilidade à ótica do sul como uma forma de contrariar a lógica dominante que apresenta o norte como referência universal.

Na sequência, o coletivo Favela Move, formado por jovens, mulheres pretas, LGBTQIA+ moradores do bairro de Perus, traz “Baile Move”, composto por coreografias desenvolvidas pelos integrantes dos treinos e oficinas ministrados pelo coreógrafo Hugo Ribeiro, que atua de modo independente, trazendo um novo olhar sobre o entretenimento urbano e periférico. Ribeiro relembra que “as atividades iniciadas em 2018, num projeto social de aulas de dança apoiado pela Ocupação Casa do Hip-Hop Perus, foram se consolidando frente à articulação com a comunidade e hoje, dentro das oficinas, o grupo cria coreografias autorais e produz espetáculos de modo itinerante”.

A partir das 21h30, Bboys, MCs e DJs ocupam o Dance Floor. Yago Street Son, produtor cultural, Bboy, dançarino e arte educador apaixonado pela cultura hip-hop, arma a batalha de Breaking “Seven2Smoke”, com um jurado e oito competidores, que se apresentam em formato de fila, onde o campeão precisa alcançar 7 pontos para sair vitorioso.

Depois da competição, o coletivo Phone Raps, que, desde sua fundação há 15 anos, também no bairro de Perus, inspira mudanças nas periferias urbanas, liderando projetos integrados em cultura, educação e meio ambiente com vista à inclusão social, revitalização comunitária e o desenvolvimento sustentável local, convida Mc Magrela e Vitor Costa 7L para comandarem a pista com muita música até o fim da noite.

Em seus 10 anos, comemorados em 2024, “Ensaios Perversos” tem como fundamento trazer discussões em educação, filosofia, psicologia e direitos humanos na contemporaneidade. A ação, que surgiu de modo independente,  integra neste momento projeto contemplado pelo programa de Fomento à Dança para a Cidade de São Paulo, da Secretaria Municipal de Cultura.

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Serviço

Ensaios Perversos – ação da Cia Perversos Polimorfos

24/02 (sábado), das 19h às 24h

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Umbanda e Diversidade

A importância da Umbanda na vida da comunidade LGBTQIAPN+

Por Káren Martins Tomás

A Umbanda é paz e amor, um mundo cheio de Luz, é força que nos dá vida, E a grandeza nos conduz, avante, filhos de fé, como a nossa lei não há, levando ao mundo inteiro, A bandeira de Oxalá, levando ao mundo inteiro, A bandeira de Oxalá…

(José Manoel Alves. Hino da Umbanda, 1961)

A coluna Escavando História nos proporciona aprofundarmos as narrativas que revelam a importância da diversidade e inclusão. Nesta conjunção, investigaremos a relevância da Umbanda na vida da comunidade LGBTQIAPN+, destacando como essa religião de matriz africana se tornou um refúgio acolhedor e um espaço de resistência para sujeitos diversos.

A Umbanda, religião de matriz africana com influências do espiritismo, catolicismo e tradições indígenas, reflete o sincretismo religioso. A inclusão da comunidade LGBTQIAPN+ nos terreiros de Umbanda ressalta paralelos com os preconceitos arraigados na sociedade, marcada por racismo, intolerância religiosa e homofobia. Nesta perspectiva, ao destacarmos os espaços de acolhimento, percebemos a conexão entre a luta contra a intolerância religiosa e a criação de ambientes de resistência carregados de axé, que rompem com as estruturas marginalizadas. Por sua historicidade a Umbanda é uma religião onde muitos têm preconceito, isso se fundamenta pelo fato de ser uma religião de matriz africana, onde o desconhecido é demonizado. Sendo assim, a Umbanda é uma religião conhecida por sua abertura à diversidade de sujeitos que a compõem.

O sagrado transcende além dos julgamentos de uma sociedade estruturalmente homofóbica, encontrar e abraçar o verdadeiro eu, aquele que faz parte da comunidade LGBTQIAPN+. Ao diferenciar espiritualidade de religião, percebemos que juntas oferecem um refúgio onde às identidades são respeitadas e isso promove a quebra de preconceitos e estereótipos, especialmente na interseccionalidade entre a comunidade LGBTQIAPN+ e a religião Umbanda. A Umbanda, historicamente marginalizada, acolhe a diversidade, oferecendo um espaço onde ser diferente é acolhido. Essa compreensão reforça a importância da religião como um canal de conexão espiritual, independentemente da orientação sexual ou identidade de gênero.

Em conformidade com o autor Barbosa (2014) a Umbanda[1] é uma religião relativamente nova, tendo seu surgimento no século XX no Brasil, no contexto da cultura afro-brasileira, a Umbanda é caracterizada por uma ampla diversidade de representações, variadas origens e práticas, que refletem a pluralidade de crenças e visões dentro da religião. Nesse sentido, nas religiões de matrizes africanas, a diversidade de gênero e sexualidade é muitas vezes compreendida e aceita de maneira mais ampla do que em outros contextos religiosos.

O trecho do hino da Umbanda, que ressalta os valores de paz, amor, luz e grandeza presentes nessa religião, representa a bandeira de Oxalá que é levada ao mundo inteiro, simbolizando a essência espiritual do sagrado e a universalidade dos princípios da Umbanda, que prega a união de todos os seres em um propósito comum de evolução espiritual, independentemente de raça, gênero ou orientação sexual. A Umbanda é uma religião que possui diferentes versões sobre sua origem, variando de acordo com as tradições e linhas de atuação de cada casa de Umbanda com os seus fundamentos. Apesar das diferenças, todas as versões compartilham a ideia de abraçar a diversidade como um reflexo da multiplicidade divina, acolhendo pessoas de todas as origens e identidades.

A riqueza da diversidade no campo umbandista está justamente na capacidade de se adaptar, evoluir e integrar diferentes formas de entender e vivenciar a espiritualidade, logo, é importante ressaltar que essa diversidade também contribui para a inclusão e a valorização de diferentes identidades culturais e espirituais. Além da diversidade de práticas e rituais, a Umbanda também abraça a diversidade de pessoas e suas necessidades espirituais. Nesse sentido, oferece um espaço inclusivo para pessoas de diferentes orientações sexuais, identidades de gênero, raças, origens étnicas e socioeconômicos. Assim sendo, todos são bem-vindos na Umbanda, desde que respeitem os princípios e valores fundamentais da religião.

Segundo o autor Saraceni (2019) a Umbanda significa: o sacerdócio em si mesmo no médium, que sabe lidar tanto com os espíritos, quanto com a natureza humana. Umbanda é o portador das qualidades, atributos e atribuições que lhe são conferidos pelos senhores da natureza: os orixás! Umbanda é o veículo de comunicação entre os espíritos e os encarnados, e só um Umbanda está apto a incorporar tanto os do alto quanto os do embaixo, assim como os do Meio, pois ele é, em si mesmo, um templo.

Hoje, membros da Umbanda estão trabalhando para recuperar e reexaminar esses aspectos mais inclusivos da tradição. Isso pode envolver a revisão de certos conceitos e dogmas excludentes ou heteronormativos, bem como a criação de espaços mais inclusivos dentro da religião para indivíduos LGBTQIAPN+. Nesse sentido, a umbanda pode ser vista como uma religião que celebra o poder e a força do feminino, o que pode ser visto como um sinal positivo para a inclusão na religião. Portanto, é importante lembrar que a Umbanda, como qualquer outra religião, é produto de seus seguidores. Dessa maneira, a discussão sobre a inclusão de sujeitos que fazem parte da comunidade LGBTQIAPN+ na Umbanda faz parte de uma conversa mais ampla sobre representação e igualdade dentro das tradições religiosas.

Como tal, Saraceni (2019) dialoga que à comunidade de praticantes buscar facilitar um ambiente de inclusão e aceitação, independentemente da orientação sexual ou identidade de gênero, pois, diálogo e da educação sobre esses temas e a criação de espaços dentro da religião onde os indivíduos LGBTQIAPN+ possam se sentir apoiados e acolhidos. À vista disso, caberá aos praticantes individuais decidir como eles querem interpretar os ensinamentos da religião em relação a essas questões, mas esperamos que o guarda-chuva da diversidade e inclusão possa continuar a se expandir dentro da umbanda e de outras religiões.

Os desafios enfrentados pela comunidade LGBTQIAPN+ começam dentro de casa, onde, infelizmente, muitas vezes enfrentam rejeição e falta de compreensão em relação à sua orientação sexual ou identidade de gênero por parte de familiares e pessoas próximas. Essa falta de apoio pode levar muitos a se sentirem deslocados e isolados. Em busca de um ambiente onde possam se sentir acolhidos e compreendidos, muitos indivíduos LGBTQIAPN+ encontram nos terreiros de Umbanda não apenas um espaço espiritual, mas também um refúgio onde são aceitos e respeitados independentemente de sua identidade de gênero ou orientação sexual.

Ao analisarmos a relação entre a comunidade LBTQIAPN+ e a religião Umbanda, conseguimos extrair a diversidade de ambas, a forma acolhedora e singular de cada ser independente de sua identidade de gênero e orientação sexual e com respeito à individualidade e enaltecimento da diversidade como fonte de conexão com o sagrado, um ambiente de harmonia e aceitação quebrando preconceitos enraizados na sociedade.

Axé!

Patakori Ogum, Ogunhê meu pai

Fonte e Foto  : Agazetanet

 

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