No dia 09 de Maio, em palco que já abrigou grandes nomes da música, a cantora Monica Campos, realiza tributo á Clara Nunes, com repertório dos grandes sucessos da estrela mineira e em grande estilo.
Uma vez perguntaram para Clara Nunes: “Clara, você tem medo de morrer?” A cantora respondeu: “Não. Eu tenho medo de parar de cantar.” Com 41 anos de saudades, completados no último dia 02 de Abril, poucas cantoras tem o mérito de influenciar a carreira de tantas outras, como é o caso da “mineira guerreira“.
Clara Francisca Gonçalves Pinheiro (1942 – 1983) foi uma cantora brasileira, considerada uma das maiores, intérpretes do país. Pesquisadora da música popular brasileira, de seus ritmos e de seu folclore. Defendeu até o fim da vida, a miscigenação da nossa música, com passagens pelo samba, forró, moda de viola, MPB e o ijexá.
Clara não era apenas uma cantora de grandes sucessos musicais. Encarnou em si , no seu figurino, no gestual, na interpretação e canto, a sua crença na nossa ancestralidade africana e indígena, que fez dela uma personagem icônica até os dias atuais. Até mesmo Xuxa Meneghel não resistiu e apareceu com visual “Claridade” em seu último filme.
Agora é a vez de Monica Campos trazer ao público, a força e o canto da guerreira, em um show recheado de seus grandes sucessos e em um palco que já acolheu nomes como João Bosco, Zélia Duncan, Lenine entre outros.
Sendo o seu segundo show tributo dedicado a Clara, Monica Campos possui uma intensa paixão pela música popular brasileira.
Aos 09 anos de idade a pequena Mônica surpreendeu uma maestrina, ao cantar em tom lírico, para um teste de coral. Ouvindo os discos de Clara através de seu tio e mais tarde com passagens pelo Teatro, Monica Campos produziu em 2012, o também tributo, a um outro nome e mito, Elis Regina.
Segundo Monica, o objetivo de “Clara Nunes – 40 anos de saudades“ é manter viva a memória e a brasilidade de Clara Nunes, bem como apresentá-la às novas gerações.
Assim sendo, o show apresentará pérolas como “O mar serenou“, “Conto de Areia”, “Morena de Angola“, “Menino Deus“, “Morena de Angola“ e muitas outras músicas consagradas.
Jonatan Francisco Bernardo: cavaquinho e direção musical
Sabão Batukda percussão
Espetáculo: “Clara Nunes – 40 anos de saudades“
Dia: 09/05/2024
Horário: 21:00 horas – a casa abre as 19:00 horas
Local: @Soberano Itaipava
Endereço: Estrada União e Indústria, 11.000 – Itaipava – Petrópolis – RJ
Ingressos : R$ 60,00 – Podem ser adquiridos no local.
https://trincaprodutora.com/wp-content/uploads/2024/05/Design-sem-nome.jpg10801080Silvio Tadeuhttps://trincaprodutora.com/wp-content/uploads/2023/04/logotrincaheadery-300x95.pngSilvio Tadeu2024-05-02 15:49:102024-05-18 14:00:02Show revive carreira de Clara Nunes
Fala sério… se você tem mais de 30 anos, teve a sua paixão pelos incríveis “bolachões” que soltavam chiados e em seguida música!!!
E pasmem música boa!!!!
Mas se você é jovem demais para lembrar isso, ele está voltando com força total!!!
E hoje é o dia dele. Dia do Disco de Vinil.
Data foi escolhida por conta do dia de falecimento do cantor e compositor mineiro Ataulfo Alves, que era um grande fã e colecionador de discos de vinil.
Nascido em Minas Gerais, em 2 de maio de 1909, o cantor e compositor Ataulfo Alves foi um dos mais importantes nomes do samba da história. Filho de músico, aos oito anos de idade, já escrevia versos. Aos 18 anos – já tocando cavaquinho, violão e tamborim – mudou-se para o Rio de Janeiro.
Aos 20 anos, Ataulfo Alves começou a compor e tornou-se diretor de harmonia de Fale Quem Quiser bloco organizado pelo pessoal do seu bairro.
Em 1933, Almirante – importante nome do rádio na época – gravou o samba Sexta-feira, primeira composição de Ataulfo a ser lançada em disco. Dias depois, Carmen Miranda gravou sua canção Tempo Perdido, tornando o nome de Ataulfo Alves conhecido nacionalmente.
A musicografia de Ataulfo Alves ultrapassa 320 canções, sendo uma das maiores da música popular brasileira. Intérpretes importantes, como Clara Nunes e os grupos Quarteto em Cy, MPB-4 e Fundo de Quintal gravaram suas composições.
Ataulfo Alves morreu em 20 de abril de 1969, por complicações de uma úlcera, pouco antes de completar 60 anos, deixando um legado imensurável para a música popular brasileira.
História do Disco de Vinil
Quase 10 anos após a morte de Ataulfo Alves, no ano de 1978, os amantes e colecionadores brasileiros de Discos de Vinil, escolheram a data de falecimento do artista – 20 de abril – para celebrar o Dia Nacional do Disco de Vinil.
O Disco de Vinil, também conhecido como Disco Fonográfico, ou apenas Vinil (em inglês Long Playing Record, por isso a sigla LP, e em português: Disco de Longa Duração), é uma chapa, majoritariamente de cor preta e contendo um rótulo no centro chamado de selo fonográfico, fabricada por meio de processos eletromecânicos e feita de um material plástico chamado policloreto de vinila (abreviado como vinil ou PVC).
Criado em 1948, pelo engenheiro húngaro naturalizado estadunidense Peter Carl Goldmark – que trabalhava na gravadora Columbia Records – o Disco de Vinil chegou para substituir os velhos discos de 78 RPM (rotações por minuto), utilizados para o armazenamento de áudio, principalmente canções, e feitos de um material orgânico chamado goma-laca.
Feitos de plástico e utilizado para a veiculação de álbuns completos, os Discos de Vinil possuem a capacidade máxima de rodar de 23 a 30 minutos por cada lado do disco, contendo, normalmente, diversas faixas em cada lado.
O Disco de Vinil possui microssulcos ou ranhuras em forma de espiral que conduzem a agulha dos toca-discos da borda externa até o centro no sentido horário. Trata-se de uma gravação analógica, mecânica. Esses sulcos são microscópicos e fazem a agulha vibrar. Essa vibração é transformada em sinal elétrico, que é posteriormente amplificado e transformado em som audível, a música.
Inicialmente, existiam versões com 25 ou 30 cm de diâmetro, mas – com o tempo – fixou-se o formato de 30 centímetros. Devido ao seu tamanho e capacidade, eles são discos que comportam o lançamento de um álbum completo, enquanto os compactos simples – lançados em 1949, pela gravadora concorrente RCA-Victor – passaram a ser utilizados para lançar singles musicais.
Desde o início da sua comercialização, em 1948, os Discos de Vinil enfrentaram a concorrência de diversos formatos similares, como a fita cassete e o cartucho ou stereo 8, que tiveram grande importância comercial para a indústria fonográfica.
Entretanto, nenhum desses formatos chegou a ameaçar a posição dos LPs como principal meio de armazenamento de áudio entre os anos 1960 e os anos 1980. Foi apenas com a invenção do CD, um meio de armazenamento digital, em meados da década de 80, que se iniciou o declínio do disco de vinil como principal formato de comercialização de música gravada.
Apesar disso, experimentou um ressurgimento a partir da década de 2000, tendo a indústria registrado um novo interesse e um aumento das vendas deste meio de armazenamento de áudio até os dias atuais, principalmente por colecionadores, o que faz com que alguns discos atinjam preços bem altos e outros mais raros tornem-se objeto de desejo de muitos amantes de vinis.
https://trincaprodutora.com/wp-content/uploads/2024/04/20240420_212525-scaled.jpg25601920Silvio Tadeuhttps://trincaprodutora.com/wp-content/uploads/2023/04/logotrincaheadery-300x95.pngSilvio Tadeu2024-04-20 21:42:392024-05-18 14:00:44Dia 20 de Abril, o dia do Disco de Vinil
“Minha mãe meu pai meu povo, eis aqui tudo de novo“
Assim iniciavam o disco, registro de também show, que fizeram juntos em 1978.
E ainda bem. Tudo de novo !
Com sete datas esgotadas (Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador) e 320 mil ingressos vendidos, a turnê que os cantores Caetano Veloso e Maria Bethânia farão a partir de setembro pelo país anunciou, nesta quinta-feira (11), novas apresentações.
Confiram a agenda :
03 e 04/08 e 10 e 11/08 – Rio de Janeiro | Farmasi Arena – esgotados
30/11 – Salvador | Casa de Apostas Arena Fonte Nova – esgotado
14 e 15/12 – São Paulo | Allianz Parque – esgotados
18/12 – São Paulo | Allianz Parque – novo show
Sobre a turnê
A turnê Caetano & Bethânia tem um significado especial para a música popular brasileira, para a história dos dois irmãos e para os fãs que sonham em vê-los em um só espetáculo. Nascidos em Santo Amaro, no recôncavo baiano, Caetano Veloso e Maria Bethânia são reconhecidos como artistas essenciais à formação cultural de várias gerações, com trajetórias projetadas para além da música, inspirando criadores em todas as partes e em todas as artes. Esse reencontro histórico em arenas do país permite a cada espectador uma visão ainda mais clara da força criadora de Caetano e Bethânia, unidos desde a infância pela memória de canções. Na família Veloso, falou mais alto a sugestão de Caetano para o batismo da irmã como “Maria Bethânia”, nome extraído de uma música de Capiba cantada por Nelson Gonçalves.
Fonte e Foto : Jovem Pan
https://trincaprodutora.com/wp-content/uploads/2024/04/caetanobethania-689x450-1.png450689Silvio Tadeuhttps://trincaprodutora.com/wp-content/uploads/2023/04/logotrincaheadery-300x95.pngSilvio Tadeu2024-04-12 09:28:352024-04-12 19:56:47Novas datas para Caetano e Bethânia
Pouco se fala disso, mas Elis Regina (1945 – 1982) foi aluna da Companhia de Ballet Stagium, sendo esta, fundamental na produção de seu show “Saudades do Brasil” (1980).
Depois da partida de Elis, o Stagium deu seu grito de saudades e produziu dois espetáculos baseados em seu repertório.
Isso sem falar da fundamental importância do bailarino Lennie Dale (1937- 1944), com quem Elis teve aulas de expressão corporal.
Relação de um nome tão fundamental da música brasileira com a visceral arte da dança voltou a dar bons frutos, atingindo em cheio uma nova geração de artistas, que apresentarão o espetáculo “Dançando Elis”, no dia 26 de Abril na Casa de Cultura Júlio Guerra e já conta com convite para apresentações na Alemanha ainda esse ano.
Falar de Elis Regina faz brilhar os olhos de Luis Amorim, bailarino, coreógrafo e fundador da Companhia de Dança Hermes. Quando criança ouvia os discos da “Pimentinha” (apelido de Elis), influenciado pelos pais, vindo a se apaixonar pela voz e pela ”sede de grandeza” que a artista lhe inspirava.
Terceiro espetáculo da companhia, “Dançando Elis”, vem continuar um trabalho de pesquisas cênicas, batizado de Dança Popular Brasileira, um laboratório de possibilidades, mistura de estilos e de difíceis conciliações em cena.
No programa, estão verdadeiras pérolas do repertório de Elis Regina, basta citar: “Fascinação“, “Cais“, “Como Nossos Pais“, “Romaria“, entre outras.
Com o apoio e representação da Trinca Produtora no evento, o Grupo Hermes, segue os passos artísticos, literalmente dançando em cena, e desta vez é com a trilha de Elis Regina.
Serviço:
Espetáculo: Dançando Elis
Gênero: Dança
Data: 26/04
Horário: 16h30
Classificação: Livre
Ingressos: Gratuitos, retirados até 30 minutos, na bilheteria do local, antes do início do espetáculo.
https://trincaprodutora.com/wp-content/uploads/2024/04/IMG-20240323-WA0010.jpg10801080Silvio Tadeuhttps://trincaprodutora.com/wp-content/uploads/2023/04/logotrincaheadery-300x95.pngSilvio Tadeu2024-04-12 08:25:012024-05-02 09:51:01Elis Regina volta a dançar
Paula Toller volta à capital para celebrar os 40 anos de carreira em show dia 13 de Abril, a partir das 21h, na Domus Hall. O show faz parte da turnê ‘Amorosa’, que celebra 40 anos de carreira da artista.
A apresentação reúne sucessos do Kid Abelha e da carreira solo, o show sob direção musical de Liminha, ‘Amorosa’ traz clássicos imortalizados na voz de Toller, como “Fixação”, “Por Que Não Eu?”, “Maio”, “A Fórmula do Amor”, “Lágrimas e Chuva”, “Eu Tive um Sonho” e “Te Amo Pra Sempre” entre outros sucessos.
No palco da Domus Hall, Toller apresenta-se ao público acompanhada de Gustavo Camardella (violão e vocal), Pedro Dias (baixo e vocal), Gê Fonseca (teclados e vocal) e Adal Fonseca (bateria), além de Liminha também à frente do violão.
Trajetória
Paula Toller é uma cantora e compositora brasileira, considerada uma das melhores vozes soprano lírico da música popular brasileira. A carreira de Paula Toller se funde com a da banda Kid Abelha, um dos maiores fenômenos da música nacional, com mais de 10 milhões de discos vendidos, uma imensa coleção de hits e discos de ouro, platina e diamante.
A banda encerrou suas atividades em pleno sucesso, e Paula segue seduzindo os fãs brasileiros com sua voz inconfundível e uma bem sucedida carreira solo, com shows de alto nível e ótimas letras, além de muitos prêmios. Nos últimos anos, o público vem se renovando através das redes sociais, com milhares de jovens interpretando seus hits em diversos estilos.
Paula Toller em João Pessoa para turnê ‘Amorosa’
Data, horário e onde
Dia 13 de abril, a partir das 21h
Domus Hall – Avenida Governador Flávio Ribeiro Coutinho, 220 (Shopping Manaíra)
https://trincaprodutora.com/wp-content/uploads/2024/04/1_36_paula_toller_instagram__paulatoller-29120150.jpg854640Silvio Tadeuhttps://trincaprodutora.com/wp-content/uploads/2023/04/logotrincaheadery-300x95.pngSilvio Tadeu2024-04-06 12:09:562024-04-06 18:37:48Paula Toller em João Pessoa para turnê “Amorosa”’
No dia 3 de abril Luiz Eça completaria 88 anos. Pianista, compositor, arranjador e professor de jovens músicos, Luizinho, como era carinhosamente chamado pelos amigos, foi responsável pela formação do lendário Tamba Trio, formado por Hélcio Milito na bateria, Bebeto no contrabaixo e Eça ao piano. Além do Trio, Luiz Eça trabalhou como arranjador e pianista para artistas como Elis Regina, Tom Jobim e Vinicius de Moraes, entre muitos outros expoentes da música brasileira.
Para celebrar a data especial e o legado de Luiz Eça, chega às plataformas nesta quarta-feira o novo álbum de piano solo ao vivo de Diogo Monzo, músico profundamente influenciado e estudioso da obra de Eça. “Diogo Monzo Plays Luiz Eça – Solo Piano Live”, captura as interpretações de Monzo para temas gravados em dois concertos: no Salon Brahms, em Viena (Áustria), e no Bulgaria Chamber Hall, em Sófia (Bulgária), com a parceria e o apoio do Zenon Instituto Cultural.
O projeto possui um sabor especial, pois é o primeiro álbum de piano solo na discografia da musica brasileira com a obra de Luiz Eça, gravado em solo Europeu.
Sobre Diogo Monzo
Doutor em Música pela UNIRIO (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro), selecionado entre os Top 5 no Concurso “Made in New York Jazz”, Monzo foi eleito um dos melhores instrumentistas em 2015 e 2018 pelo site Melhores da Música Brasileira. Em 4 de dezembro de 2015 fez sua estreia na Europa e no ano seguinte estreou nos EUA, em Nova York, no Tribeca Performing Arts Center, ao lado de grandes nomes do jazz, como Rufus Reid, Tommy Campbell, Philip Harper e Bobby Sanabria. Desde então, Diogo tem se apresentado no Brasil e no exterior.
Lançou pela gravadora Biscoito Fino os álbuns “Sebastiana” e “Diogo Monzo Filho do Brasil”. Seu projeto “Luiz Eça por Diogo Monzo” foi lançado pela gravadora “Fina Flor”. Em 2023 lançou o álbum “Nós e o Mar”, parceria com Roberto Menescal e Ricardo Bacelar, editado pela gravadora Jasmin Music.
Repertório:
1-The Dolphin (Luiz Eça) – gravado em Sofia
2-Alegria de Viver (Luiz Eça/Fernanda Quinderé) gravado em Sofia
3-Chorinho Póstress para Fernanda Quinderé (Luiz Eça) gravado em Viena 4-Reencontro (Luiz Eça/Fernanda Quinderé) gravado em Sofia
5-Melancolia (Luiz Eça/Ronaldo Bôscoli) gravado em Viena
6-Quase um adeus (Luiz Eça/Paulo César Pinheiro) gravado em Viena
7-Imagem (Luiz Eça/Aloysio de Oliveira) gravado em Sofia
O álbum “Sons de Sete Barras” lançado recentemente pelo cantor e compositor DCarvalho é fruto do retorno do artista às composições, quando se mudou para Sete Barras, cidade do interior de São Paulo. As dez faixas divididas entre lado A e B são inspiradas pelas belezas naturais do local, assim como pela atmosfera, rio e lendas do local. À época a pandemia de Covid-19 e o isolamento social reinavam, e os momentos criativos de DCarvalho caminharam juntos.
Estas características e ambientes dos quais viveu DCarvalho são espelhos que refletem as letras e mensagens das faixas. “É um álbum que traz muitas verdades. A começar com letras que despertam o resgate histórico e a importância da preservação ambiental. Canções compostas durante a pandemia e reflexões sobre a pobreza e o baixo IDH de uma região extremamente rica em recursos e belezas naturais.” Pontuou DCarvalho.
Ele também diz que “O projeto explora, através da música, as enormes riquezas e o grande potencial do Vale do Ribeira, retratando locais turísticos e históricos e trazendo um manifesto de lançamento – a exposição de processos de extração mineral que não tiveram cuidados necessários para a sustentabilidade local. Podemos afirmar que o álbum reforça a bandeira da temática ambiental.”
A faixa “Eu Tenho Cá Pra Mim” abre o álbum enfatizando o amor como energia de transformação, de felicidade. A 2ª faixa, “Quarentena”, é retrato do período de Covid-19, seus efeitos sociais e as mudanças causadas. “Estação de Trem”, a 3ª música, é uma viagem imaginária, inspirada nas abandonadas estações de trem pelo país afora. “Ribeira”, 4ª faixa, também é um passeio, este pelo Rio Ribeira de Iguape, em direção ao litoral, com descrições das belezas e lendas do rio. O lado A se encerra com a 5ª faixa, “A Ponte”, no qual DCarvalho descreve o drama vivido por um personagem que, sem oportunidades, busca sobrevivência fora de sua terra.
O lado B começa com “Sentidos”, um bolero que brinca com os cinco sentidos e indo ao sexto, o sensorial. Também bolero, a próxima faixa, “Fragmentos”, narra as vivências de uma infância pobre, em uma pequena cidade do interior. “Ecoar”, a 8ª faixa, é um tributo a todos os poetas e cantadores, que sonham e impulsionam sonhos coletivos por meio da arte. “Garimpo” (9ª faixa) é sobre as sequelas dos processos destrutivos de extração mineral. Enfim, o álbum se encerra com “Sons de Sete Barras”, a canção que deu origem ao álbum e que conta histórias e lendas de Sete Barras.
Musicalmente, “Sons de Sete Barras” tem um apelo para a MPB regional, como a produzida por Renato Teixeira e Almir Sater, e para a MPB tradicional, como a de Ceumar e Oswaldo Montenegro. DCarvalho ainda pontua a diversidade sonora e de ritmos que podem ser encontradas no álbum. Ele menciona como exemplo o bolero e a folia de reis.
Com arranjos de Omar Campos, o álbum “Sons de Sete Barras” está disponível em todos os aplicativos de streaming e em disco de vinil. Curiosidades do álbum, por DCarvalho Sobre a faixa “As Sete Barras”.
A canção “Sons de Sete Barras”, foi inspirada em histórias e lendas, que remontam as origens da Vila de Xiririca atual município de Eldorado Paulista e o povoado hoje conhecido por Sete Barras. A origem do nome de Sete Barras, tem duas versões.; uma atribui o nome da cidade a barra do rio Etá, que é a sétima barra do rio Ribeira de Iguape, pra quem vem do litoral em direção ao interior. A outra, mais interessante, fala de uma lenda. Um espanhol que subiu o rio, garimpando, a procura de ouro em suas cabeceiras, depois de muito tempo no garimpo, juntou uma grande quantidade de ouro e já estava retornando a Iguape. Nas imediações do povoado, tomou conhecimento, através de um indígena, de que a coroa portuguesa havia montado um posto de arrecadação, um registro do ouro do garimpo, a fim de coletar o quinto da coroa. Esse posto é onde hoje se encontra a cidade de Registro.
O espanhol, pra fugir da cobrança, resolveu fundir o ouro, obtendo sete barras de ouro, enterrou as sete barras e saiu em busca de um caminho alternativo, que o levasse ao litoral, sem passar pelo registro. Depois de muito tempo procurando por esse caminho, acabou encontrando e retornou pra buscar o ouro enterrado. Mas por ter se passado tampo tempo, na sua volta, não conseguiu se lembrar do local exato onde estavam enterradas as sete barras de ouro Sobre a faixa “Nego d’água”.
Nesses dias, Ivaporunduva recebia muitos visitantes vindos de lugares distantes. Além das atividades lúdicas, as pessoas participavam das atividades religiosas organizadas por um vigário. As pessoas confessavam, comungavam e faziam novena. Num dos dias da festa, alguns homens foram pescar. Lançaram a rede e, ao puxá-la, além dos peixes, havia um menino. Era um negro d’água. Arisco, o negro d’água foi amarrado e levado ao local da festa. Ele foi vestido e, em seguida, batizado pelo vigário. Passou a ser chamado Inácio Marinho. Deram-lhe comida com sal e, assim, aos poucos, foi amansado. Tempos depois, casou-se e teve filhos. Muitos dos seus descendentes vivem, atualmente, na região e carregam o seu sobrenome, Marinho.
Outro negro d’água, cujo nome e sobrenome ainda são muito lembrados, chamava-se Gregório Marinho. Há muitos anos, ao passear pela superfície do rio na região de Pedro Cubas, o negro d’água encantou-se com uma escravizada que vivia na localidade. Também encantada pelo negro d’água, a escravizada incentivava as vindas do seu admirador. Planejando capturá-lo, ela passou a preparar comida com sal, sem que o negro d’água desconfiasse. Aos poucos, ele foi amansando… muitos quilombolas de Pedro Cubas afirmam descender desse casal.
Fonte e foto : Sala da Notícia
https://trincaprodutora.com/wp-content/uploads/2024/03/15033226_sala_de_no.png.png540541Silvio Tadeuhttps://trincaprodutora.com/wp-content/uploads/2023/04/logotrincaheadery-300x95.pngSilvio Tadeu2024-03-18 08:45:222024-04-06 19:05:46DCarvalho faz crônicas da natureza e da vida humana no álbum “Sons de Sete Barras”
Compositor carioca é homenageado com álbum que tem a participação de Martinho da Vila, Sombrinha, Elba Ramalho, Criolo, Larissa Luz, Yvison Pessoa, Assis e Zélia Duncan
Luiz Gonzaga Nascimento de Jesus, o Gonzaguinha, acreditava na vida, na alegria de ser e nas coisas do coração, como cantou em Com a perna no mundo, samba no qual anunciava a descida do morro de São Carlos, onde morou durante a infância e adolescência. Mas teve vida breve. Partiu em 20 de abril de 1991, aos 45 anos, vítima de um acidente, numa rodovia no Paraná, deixando uma obra de grande relevância para a música popular brasileira.
No início da carreira, Gonzaguinha se juntou a Aldir Blanc, Ivan Lins, César Costa Filho, Márcio Proença e Paulo Emílio na criação do Movimento Artístico Universitário (MAU), que se caracterizou pela veemência da crítica à ditadura militar. Com a abertura política, na segunda metade da década de 1970, o discurso do compositor ganhou contornos de leveza.
Composições do filho do rei do baião, o pernambucano Luiz Gonzaga, e da dona de casa carioca Odaleia Guedes dos Santos, se tornaram clássicos da MPB. Nas vozes de Elis Regina, Gal Costa, Simone e, principalmente, Maria Bethânia, várias dessas canções se perpetuaram e chegaram às novas gerações.
O selo SESC joga luz sobre esse legado ao lançar Viver Gonzaguinha,projeto idealizado por Jair Neto, com produção de Carlinhos 7 Cordas, que traz como principal intérprete o cantor e compositor Sombrinha, um dos fundadores do grupo Fundo de Quintal. “Em 2019, fui à escola de samba Estácio de Sá conversar com Dominguinhos do Estácio, que, infelizmente, faleceu em 2021, e Carlinhos 7 Cordas sobre fazer um disco sobre a obra de Gonzaguinha, com gente do samba cantando”, conta Neto. Segundo ele, desse diálogo entre os músicos, foram escolhidas 14 canções que exaltam a brasilidade.
Na abertura do álbum com Bom dia, as vozes de Martinho da Vila, Elba Ramalho, Criolo, Larissa Luz, Vidal Assis, Yvison Pessoa e Zélia Duncan, reunidas em coro, levantam o ânimo, acordando o povo brasileiro para os dias de luta, em Fala Brasil. Na sequência, ouve-se Sombrinha e Yvison Pessoa (Fala Brasil), Zélia Duncan (Recado), Elba Ramalho (Pense N’eu), Larissa Luz (O que é o que é), Sombrinha e Assis (Espere por mim morena).
O repertório é revisitado novamente por Martinho da Vila (Pá-nela), e também por Criolo (Lindo lago do amor) e Maria Rita (O homem falou). A faixa de encerramento traz E vamos à luta, música de total representatividade nesse disco, por expressar a identificação de Gonzaguinha com as manifestações populares, que, num dos versos, diz: “Eu acredito é na rapaziada/Que segue em frente e segura o rojão/ Eu ponho fé é na fé da moçada/ Que não foge da fera e enfrenta o leão”.
Serviço
Viver Gonzaguinha
Álbum produzido por Jair Netto, com Sombrinha e convidados. Lançamento do Selo SESC nas plataformas digitais.
Fonte: Correio Brasiliense
Foto: Reprodução/Capa de disco 1983
https://trincaprodutora.com/wp-content/uploads/2024/02/gonzaguinha.jpg984984Silvio Tadeuhttps://trincaprodutora.com/wp-content/uploads/2023/04/logotrincaheadery-300x95.pngSilvio Tadeu2024-02-18 12:02:352024-04-06 18:56:46Disco revive legado de Gonzaguinha
Este show apresenta uma combinação única de pop rock, soul e funk, oferecendo uma diversidade sonora peculiar. As linguagens enraizadas no espetáculo exploram o sentido literário e metafórico do tema, como por exemplo, a fome de arte, conhecimento, viver, cultura, humanidade, tempo etc.
A banda Cuba & Outras Ilhas apresenta canções inéditas, e algumas releituras com toques pessoais de cada “Ilha” do arquipélago: Alex Lobão na guitarra, Luiz Letras no baixo e Gueda Gomes na Bateria.
Além do violão e a voz de Alexandre Cuba que divide em alguns momentos da apresentação a palavra com o ator e dramaturgo Silvio Tadeu e a atriz Márcia Marques.
https://trincaprodutora.com/wp-content/uploads/2024/01/17.png10801080staffhttps://trincaprodutora.com/wp-content/uploads/2023/04/logotrincaheadery-300x95.pngstaff2024-01-13 12:41:552024-04-12 19:52:51Fome de Tolerância – Encontro das Artes