No dia 3 de abril Luiz Eça completaria 88 anos. Pianista, compositor, arranjador e professor de jovens músicos, Luizinho, como era carinhosamente chamado pelos amigos, foi responsável pela formação do lendário Tamba Trio, formado por Hélcio Milito na bateria, Bebeto no contrabaixo e Eça ao piano. Além do Trio, Luiz Eça trabalhou como arranjador e pianista para artistas como Elis Regina, Tom Jobim e Vinicius de Moraes, entre muitos outros expoentes da música brasileira.
Para celebrar a data especial e o legado de Luiz Eça, chega às plataformas nesta quarta-feira o novo álbum de piano solo ao vivo de Diogo Monzo, músico profundamente influenciado e estudioso da obra de Eça. “Diogo Monzo Plays Luiz Eça – Solo Piano Live”, captura as interpretações de Monzo para temas gravados em dois concertos: no Salon Brahms, em Viena (Áustria), e no Bulgaria Chamber Hall, em Sófia (Bulgária), com a parceria e o apoio do Zenon Instituto Cultural.
O projeto possui um sabor especial, pois é o primeiro álbum de piano solo na discografia da musica brasileira com a obra de Luiz Eça, gravado em solo Europeu.
Sobre Diogo Monzo
Doutor em Música pela UNIRIO (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro), selecionado entre os Top 5 no Concurso “Made in New York Jazz”, Monzo foi eleito um dos melhores instrumentistas em 2015 e 2018 pelo site Melhores da Música Brasileira. Em 4 de dezembro de 2015 fez sua estreia na Europa e no ano seguinte estreou nos EUA, em Nova York, no Tribeca Performing Arts Center, ao lado de grandes nomes do jazz, como Rufus Reid, Tommy Campbell, Philip Harper e Bobby Sanabria. Desde então, Diogo tem se apresentado no Brasil e no exterior.
Lançou pela gravadora Biscoito Fino os álbuns “Sebastiana” e “Diogo Monzo Filho do Brasil”. Seu projeto “Luiz Eça por Diogo Monzo” foi lançado pela gravadora “Fina Flor”. Em 2023 lançou o álbum “Nós e o Mar”, parceria com Roberto Menescal e Ricardo Bacelar, editado pela gravadora Jasmin Music.
Repertório:
1-The Dolphin (Luiz Eça) – gravado em Sofia
2-Alegria de Viver (Luiz Eça/Fernanda Quinderé) gravado em Sofia
3-Chorinho Póstress para Fernanda Quinderé (Luiz Eça) gravado em Viena 4-Reencontro (Luiz Eça/Fernanda Quinderé) gravado em Sofia
5-Melancolia (Luiz Eça/Ronaldo Bôscoli) gravado em Viena
6-Quase um adeus (Luiz Eça/Paulo César Pinheiro) gravado em Viena
7-Imagem (Luiz Eça/Aloysio de Oliveira) gravado em Sofia
O álbum “Sons de Sete Barras” lançado recentemente pelo cantor e compositor DCarvalho é fruto do retorno do artista às composições, quando se mudou para Sete Barras, cidade do interior de São Paulo. As dez faixas divididas entre lado A e B são inspiradas pelas belezas naturais do local, assim como pela atmosfera, rio e lendas do local. À época a pandemia de Covid-19 e o isolamento social reinavam, e os momentos criativos de DCarvalho caminharam juntos.
Estas características e ambientes dos quais viveu DCarvalho são espelhos que refletem as letras e mensagens das faixas. “É um álbum que traz muitas verdades. A começar com letras que despertam o resgate histórico e a importância da preservação ambiental. Canções compostas durante a pandemia e reflexões sobre a pobreza e o baixo IDH de uma região extremamente rica em recursos e belezas naturais.” Pontuou DCarvalho.
Ele também diz que “O projeto explora, através da música, as enormes riquezas e o grande potencial do Vale do Ribeira, retratando locais turísticos e históricos e trazendo um manifesto de lançamento – a exposição de processos de extração mineral que não tiveram cuidados necessários para a sustentabilidade local. Podemos afirmar que o álbum reforça a bandeira da temática ambiental.”
A faixa “Eu Tenho Cá Pra Mim” abre o álbum enfatizando o amor como energia de transformação, de felicidade. A 2ª faixa, “Quarentena”, é retrato do período de Covid-19, seus efeitos sociais e as mudanças causadas. “Estação de Trem”, a 3ª música, é uma viagem imaginária, inspirada nas abandonadas estações de trem pelo país afora. “Ribeira”, 4ª faixa, também é um passeio, este pelo Rio Ribeira de Iguape, em direção ao litoral, com descrições das belezas e lendas do rio. O lado A se encerra com a 5ª faixa, “A Ponte”, no qual DCarvalho descreve o drama vivido por um personagem que, sem oportunidades, busca sobrevivência fora de sua terra.
O lado B começa com “Sentidos”, um bolero que brinca com os cinco sentidos e indo ao sexto, o sensorial. Também bolero, a próxima faixa, “Fragmentos”, narra as vivências de uma infância pobre, em uma pequena cidade do interior. “Ecoar”, a 8ª faixa, é um tributo a todos os poetas e cantadores, que sonham e impulsionam sonhos coletivos por meio da arte. “Garimpo” (9ª faixa) é sobre as sequelas dos processos destrutivos de extração mineral. Enfim, o álbum se encerra com “Sons de Sete Barras”, a canção que deu origem ao álbum e que conta histórias e lendas de Sete Barras.
Musicalmente, “Sons de Sete Barras” tem um apelo para a MPB regional, como a produzida por Renato Teixeira e Almir Sater, e para a MPB tradicional, como a de Ceumar e Oswaldo Montenegro. DCarvalho ainda pontua a diversidade sonora e de ritmos que podem ser encontradas no álbum. Ele menciona como exemplo o bolero e a folia de reis.
Com arranjos de Omar Campos, o álbum “Sons de Sete Barras” está disponível em todos os aplicativos de streaming e em disco de vinil. Curiosidades do álbum, por DCarvalho Sobre a faixa “As Sete Barras”.
A canção “Sons de Sete Barras”, foi inspirada em histórias e lendas, que remontam as origens da Vila de Xiririca atual município de Eldorado Paulista e o povoado hoje conhecido por Sete Barras. A origem do nome de Sete Barras, tem duas versões.; uma atribui o nome da cidade a barra do rio Etá, que é a sétima barra do rio Ribeira de Iguape, pra quem vem do litoral em direção ao interior. A outra, mais interessante, fala de uma lenda. Um espanhol que subiu o rio, garimpando, a procura de ouro em suas cabeceiras, depois de muito tempo no garimpo, juntou uma grande quantidade de ouro e já estava retornando a Iguape. Nas imediações do povoado, tomou conhecimento, através de um indígena, de que a coroa portuguesa havia montado um posto de arrecadação, um registro do ouro do garimpo, a fim de coletar o quinto da coroa. Esse posto é onde hoje se encontra a cidade de Registro.
O espanhol, pra fugir da cobrança, resolveu fundir o ouro, obtendo sete barras de ouro, enterrou as sete barras e saiu em busca de um caminho alternativo, que o levasse ao litoral, sem passar pelo registro. Depois de muito tempo procurando por esse caminho, acabou encontrando e retornou pra buscar o ouro enterrado. Mas por ter se passado tampo tempo, na sua volta, não conseguiu se lembrar do local exato onde estavam enterradas as sete barras de ouro Sobre a faixa “Nego d’água”.
Nesses dias, Ivaporunduva recebia muitos visitantes vindos de lugares distantes. Além das atividades lúdicas, as pessoas participavam das atividades religiosas organizadas por um vigário. As pessoas confessavam, comungavam e faziam novena. Num dos dias da festa, alguns homens foram pescar. Lançaram a rede e, ao puxá-la, além dos peixes, havia um menino. Era um negro d’água. Arisco, o negro d’água foi amarrado e levado ao local da festa. Ele foi vestido e, em seguida, batizado pelo vigário. Passou a ser chamado Inácio Marinho. Deram-lhe comida com sal e, assim, aos poucos, foi amansado. Tempos depois, casou-se e teve filhos. Muitos dos seus descendentes vivem, atualmente, na região e carregam o seu sobrenome, Marinho.
Outro negro d’água, cujo nome e sobrenome ainda são muito lembrados, chamava-se Gregório Marinho. Há muitos anos, ao passear pela superfície do rio na região de Pedro Cubas, o negro d’água encantou-se com uma escravizada que vivia na localidade. Também encantada pelo negro d’água, a escravizada incentivava as vindas do seu admirador. Planejando capturá-lo, ela passou a preparar comida com sal, sem que o negro d’água desconfiasse. Aos poucos, ele foi amansando… muitos quilombolas de Pedro Cubas afirmam descender desse casal.
Fonte e foto : Sala da Notícia
https://trincaprodutora.com/wp-content/uploads/2024/03/15033226_sala_de_no.png.png540541Silvio Tadeuhttps://trincaprodutora.com/wp-content/uploads/2023/04/logotrincaheadery-300x95.pngSilvio Tadeu2024-03-18 08:45:222024-04-06 19:05:46DCarvalho faz crônicas da natureza e da vida humana no álbum “Sons de Sete Barras”
Disco “Alvorecer“ de Clara Nunes, lançado em 1974, é um dos dez discos clássicos da MPB há completar 50 anos, mostrando o vigor de uma cantora e de uma arte que apontava caminhos.
Reduzir Clara Nunes a uma cantora de samba é reduzir o talento de uma “usina musical” a efervescer na década de 70.
Seria o mesmo que reduzir a nossa MPB a um único estilo, impossível, diante da grandeza da nossa mistura de raças, mistura que Clara se tornou a legítima e talvez, única porta-voz.
Pois Clara tinha as duas grandezas: a musical e a nacional.
Quando o disco “Alvorecer” chegou ao grande público, Clara avisava em uma das faixas: vem de muito longe esse meu cantar.
Depois de uma série de discos lançados, baseados em boleros de gosto duvidoso, Clara deu seu afinado grito de independência, capitaneada pelo seu mais novo produtor e companheiro Adelzon Alves, aproximava-se do samba do morro e seus compositores, buscava as raízes africanas, exorcizava a sua fé na Umbanda e no Candomblé, no visual de roupas brancas, guias no pescoço e pés descalços, somando a tudo isso, o visual e o gestual de Carmem Miranda, contagiante e brasileiro!!!
O disco “Alvorecer” é o fruto de toda essa aspiração artística, que a cantora mineira, ex-tecelã, perseguiu ao chegar ao Rio de Janeiro, com poucas malas e muitos sonhos. Sonho esse, que influenciou e ditou com esse lançamento, o que seria a Música Popular Brasileira a partir de “Alvorecer”.
O selo de 500 mil cópias vendidas reforçava a importância do disco e da carreira de Clara, na época um grande êxito para uma cantora. Puxado pelos sucessos de: “Conto de Areia” e “Menino Deus“, o disco revela outras pérolas musicais como, “Meu Sapato já Furou”, “Alvorecer“ (faixa título), “Nanaê, Nanã, Naiana“ e a deliciosa regravação de “O que é que a baiana tem“.
Aos 50 anos “Alvorecer“, o disco, prossegue vitorioso e Clara Nunes prossegue essencial!
https://trincaprodutora.com/wp-content/uploads/2024/02/450xN.jpg447450Silvio Tadeuhttps://trincaprodutora.com/wp-content/uploads/2023/04/logotrincaheadery-300x95.pngSilvio Tadeu2024-02-29 12:11:032024-04-12 19:53:34O Alvorecer de uma Estrela
Compositor carioca é homenageado com álbum que tem a participação de Martinho da Vila, Sombrinha, Elba Ramalho, Criolo, Larissa Luz, Yvison Pessoa, Assis e Zélia Duncan
Luiz Gonzaga Nascimento de Jesus, o Gonzaguinha, acreditava na vida, na alegria de ser e nas coisas do coração, como cantou em Com a perna no mundo, samba no qual anunciava a descida do morro de São Carlos, onde morou durante a infância e adolescência. Mas teve vida breve. Partiu em 20 de abril de 1991, aos 45 anos, vítima de um acidente, numa rodovia no Paraná, deixando uma obra de grande relevância para a música popular brasileira.
No início da carreira, Gonzaguinha se juntou a Aldir Blanc, Ivan Lins, César Costa Filho, Márcio Proença e Paulo Emílio na criação do Movimento Artístico Universitário (MAU), que se caracterizou pela veemência da crítica à ditadura militar. Com a abertura política, na segunda metade da década de 1970, o discurso do compositor ganhou contornos de leveza.
Composições do filho do rei do baião, o pernambucano Luiz Gonzaga, e da dona de casa carioca Odaleia Guedes dos Santos, se tornaram clássicos da MPB. Nas vozes de Elis Regina, Gal Costa, Simone e, principalmente, Maria Bethânia, várias dessas canções se perpetuaram e chegaram às novas gerações.
O selo SESC joga luz sobre esse legado ao lançar Viver Gonzaguinha,projeto idealizado por Jair Neto, com produção de Carlinhos 7 Cordas, que traz como principal intérprete o cantor e compositor Sombrinha, um dos fundadores do grupo Fundo de Quintal. “Em 2019, fui à escola de samba Estácio de Sá conversar com Dominguinhos do Estácio, que, infelizmente, faleceu em 2021, e Carlinhos 7 Cordas sobre fazer um disco sobre a obra de Gonzaguinha, com gente do samba cantando”, conta Neto. Segundo ele, desse diálogo entre os músicos, foram escolhidas 14 canções que exaltam a brasilidade.
Na abertura do álbum com Bom dia, as vozes de Martinho da Vila, Elba Ramalho, Criolo, Larissa Luz, Vidal Assis, Yvison Pessoa e Zélia Duncan, reunidas em coro, levantam o ânimo, acordando o povo brasileiro para os dias de luta, em Fala Brasil. Na sequência, ouve-se Sombrinha e Yvison Pessoa (Fala Brasil), Zélia Duncan (Recado), Elba Ramalho (Pense N’eu), Larissa Luz (O que é o que é), Sombrinha e Assis (Espere por mim morena).
O repertório é revisitado novamente por Martinho da Vila (Pá-nela), e também por Criolo (Lindo lago do amor) e Maria Rita (O homem falou). A faixa de encerramento traz E vamos à luta, música de total representatividade nesse disco, por expressar a identificação de Gonzaguinha com as manifestações populares, que, num dos versos, diz: “Eu acredito é na rapaziada/Que segue em frente e segura o rojão/ Eu ponho fé é na fé da moçada/ Que não foge da fera e enfrenta o leão”.
Serviço
Viver Gonzaguinha
Álbum produzido por Jair Netto, com Sombrinha e convidados. Lançamento do Selo SESC nas plataformas digitais.
Fonte: Correio Brasiliense
Foto: Reprodução/Capa de disco 1983
https://trincaprodutora.com/wp-content/uploads/2024/02/gonzaguinha.jpg984984Silvio Tadeuhttps://trincaprodutora.com/wp-content/uploads/2023/04/logotrincaheadery-300x95.pngSilvio Tadeu2024-02-18 12:02:352024-04-06 18:56:46Disco revive legado de Gonzaguinha
Juninho que canta, compõe e é multi-instrumentista, participou como jurado do programa da Record “Canta comigo Teen” com apresentação de Rodrigo Faro e Ticiane Pinheiro.
Juninho esteve no programa contribuindo com a sua experiência e identidade artística. Recentemente realizou o projeto “Samba a Voz do Povo” que recebeu fomento do estado com uma série de shows transmitidos ao vivo pelo canal oficial do Youtube do Monarca Bar (tradicional bar de samba em São Paulo/SP).
Atualmente o cantor circula o estado de São Paulo, junto de sua banda apresenta-se em bares e casas noturnas, o objetivo é divulgar e apresentar ao público todo seu repertório inclusive o destaque ficar para o álbum intitulado “No céu da tua boca“ que foi produzido no Rio de Janeiro/RJ, pelo produtor musical Marquinhos dos Santos, atualmente baixista do Cantor Mumuzinho.
Neste espetáculo hipnotizante, você será transportado para as animadas ruas do Rio de Janeiro, onde o samba é mais do que música; é uma expressão de identidade cultural e uma manifestação ardente de alegria e vida. Juninho Aguiar e Banda apresentam algumas releituras e canções autorais com referências da “Velha Guarda” e da nova geração do Samba, através de suas músicas apaixonadas e excelência dos músicos que dividem e traduzem a essência contagiante do samba de uma forma única.
https://trincaprodutora.com/wp-content/uploads/2024/01/5-1.png10801080staffhttps://trincaprodutora.com/wp-content/uploads/2023/04/logotrincaheadery-300x95.pngstaff2024-01-13 12:54:392024-04-11 16:33:58Juninho Aguiar e Banda
Este show apresenta uma combinação única de pop rock, soul e funk, oferecendo uma diversidade sonora peculiar. As linguagens enraizadas no espetáculo exploram o sentido literário e metafórico do tema, como por exemplo, a fome de arte, conhecimento, viver, cultura, humanidade, tempo etc.
A banda Cuba & Outras Ilhas apresenta canções inéditas, e algumas releituras com toques pessoais de cada “Ilha” do arquipélago: Alex Lobão na guitarra, Luiz Letras no baixo e Gueda Gomes na Bateria.
Além do violão e a voz de Alexandre Cuba que divide em alguns momentos da apresentação a palavra com o ator e dramaturgo Silvio Tadeu e a atriz Márcia Marques.
https://trincaprodutora.com/wp-content/uploads/2024/01/17.png10801080staffhttps://trincaprodutora.com/wp-content/uploads/2023/04/logotrincaheadery-300x95.pngstaff2024-01-13 12:41:552024-04-12 19:52:51Fome de Tolerância – Encontro das Artes
Uma reunião festiva e inspiradora que celebra a manifestação do tempo em forma de sarau artístico contemplando três fases da vida humana: infância, juventude e maturidade.
Por meio de textos de diversos autores que injetaram em seus escritos as suas ideias, experiências e conceitos sobre cada uma das fases. Uma fusão de poemas, interpretações e performance tendo como pano de fundo a execução ao vivo da trilha sonora do sarau utilizando elementos recicláveis como latas, garrafas e madeiras;
A apresentação é dividida em blocos em que um dos atores que também é artista plástico, executa ao vivo uma gravura que ilustra a passagem do tempo apresentada de cada fase.