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O Alvorecer de uma Estrela 

Disco “Alvorecer“ de Clara Nunes, lançado em 1974, é um dos dez discos clássicos da MPB  há completar 50 anos, mostrando o vigor de uma cantora e de uma  arte  que apontava caminhos.

Reduzir Clara Nunes a uma cantora de samba é reduzir o talento de uma “usina musical” a efervescer na década de 70.

Seria o mesmo que reduzir a nossa MPB a um único estilo, impossível, diante da grandeza da nossa mistura de raças, mistura que Clara se tornou a legítima e talvez, única porta-voz.

Pois Clara tinha as duas grandezas:  a musical e a nacional.

Quando o disco “Alvorecer” chegou ao grande público, Clara avisava em uma das faixas: vem de muito longe esse meu cantar. 

Depois de uma série de discos lançados, baseados em boleros de gosto duvidoso, Clara deu seu afinado grito de independência, capitaneada pelo seu mais novo produtor e companheiro Adelzon Alves, aproximava-se do samba do morro e seus compositores, buscava as raízes africanas, exorcizava  a sua fé na Umbanda e no Candomblé,  no visual de roupas brancas,  guias no pescoço e pés descalços, somando a  tudo isso, o visual e o gestual de Carmem Miranda, contagiante e brasileiro!!!

O disco “Alvorecer” é o fruto de toda essa aspiração artística, que a cantora mineira, ex-tecelã, perseguiu ao chegar ao Rio de Janeiro, com poucas malas e muitos sonhos. Sonho esse, que influenciou e ditou com esse lançamento, o que seria a Música Popular Brasileira a partir de “Alvorecer”.

O selo de 500 mil cópias vendidas reforçava a importância do disco e da carreira de Clara, na época um grande êxito para uma cantora. Puxado pelos  sucessos de: “Conto de Areia” e “Menino Deus“, o disco revela outras pérolas musicais como, “Meu Sapato já Furou”, “Alvorecer“ (faixa título), “Nanaê, Nanã, Naiana“ e a deliciosa regravação de “O que é que a baiana tem“.

Aos 50 anos “Alvorecer“, o disco, prossegue vitorioso e Clara Nunes prossegue essencial!

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Disco revive legado de Gonzaguinha

Compositor carioca é homenageado com álbum que tem a participação de Martinho da Vila,  Sombrinha, Elba Ramalho, Criolo, Larissa Luz, Yvison Pessoa, Assis e Zélia Duncan

Luiz Gonzaga Nascimento de Jesus, o Gonzaguinha, acreditava na vida, na alegria de ser e nas coisas do coração, como cantou em Com a perna no mundo, samba no qual anunciava a descida do morro de São Carlos, onde morou durante a infância e adolescência. Mas teve vida breve. Partiu em 20 de abril de 1991, aos 45 anos, vítima de um acidente, numa rodovia no Paraná, deixando uma obra de grande relevância para a música popular brasileira.

No início da carreira, Gonzaguinha se juntou a Aldir Blanc, Ivan Lins, César Costa Filho, Márcio Proença e Paulo Emílio na criação do Movimento Artístico Universitário (MAU), que se caracterizou pela veemência da crítica à ditadura militar. Com a abertura política, na segunda metade da década de 1970, o discurso do compositor ganhou contornos de leveza.

Composições do filho do rei do baião, o pernambucano Luiz Gonzaga, e da dona de casa carioca Odaleia Guedes dos Santos, se tornaram clássicos da MPB. Nas vozes de Elis Regina, Gal Costa, Simone e, principalmente, Maria Bethânia, várias dessas canções se perpetuaram e chegaram às novas gerações.

O selo SESC joga luz sobre esse legado ao lançar Viver Gonzaguinha, projeto idealizado por Jair Neto, com produção de Carlinhos 7 Cordas, que traz como principal intérprete o cantor e compositor Sombrinha, um dos fundadores do grupo Fundo de Quintal. “Em 2019, fui à escola de samba Estácio de Sá conversar com Dominguinhos do Estácio, que, infelizmente, faleceu em 2021, e Carlinhos 7 Cordas sobre fazer um disco sobre a obra de Gonzaguinha, com gente do samba cantando”, conta Neto. Segundo ele, desse diálogo entre os músicos, foram escolhidas 14 canções que exaltam a brasilidade.

Na abertura do álbum com Bom dia, as vozes de Martinho da Vila, Elba Ramalho, Criolo, Larissa Luz, Vidal Assis, Yvison Pessoa e Zélia Duncan, reunidas em coro, levantam o ânimo, acordando o povo brasileiro para os dias de luta, em Fala Brasil. Na sequência, ouve-se Sombrinha e Yvison Pessoa (Fala Brasil), Zélia Duncan (Recado), Elba Ramalho (Pense N’eu), Larissa Luz (O que é o que é), Sombrinha e Assis (Espere por mim morena).

O repertório é revisitado novamente por Martinho da Vila (Pá-nela), e também por Criolo (Lindo lago do amor) e Maria Rita (O homem falou). A faixa de encerramento traz E vamos à luta, música de total representatividade nesse disco, por expressar a identificação de Gonzaguinha com as manifestações populares, que, num dos versos, diz: “Eu acredito é na rapaziada/Que segue em frente e segura o rojão/ Eu ponho fé é na fé da moçada/ Que não foge da fera e enfrenta o leão”.

Serviço

Viver Gonzaguinha

Álbum produzido por Jair Netto, com Sombrinha e convidados. Lançamento do Selo SESC nas plataformas digitais.

Fonte: Correio Brasiliense

Foto: Reprodução/Capa de disco 1983

 

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Juninho Aguiar e Banda

Juninho que canta, compõe e é multi-instrumentista, participou como jurado do programa da Record “Canta comigo Teen” com apresentação de Rodrigo Faro e Ticiane Pinheiro.

Juninho esteve no programa contribuindo com a sua experiência e identidade artística. Recentemente realizou o projeto “Samba a Voz do Povo” que recebeu fomento do estado com uma série de shows transmitidos ao vivo pelo canal oficial do Youtube do Monarca Bar (tradicional bar de samba em São Paulo/SP).

Atualmente o cantor circula o estado de São Paulo, junto de sua banda apresenta-se em bares e casas noturnas, o objetivo é divulgar e apresentar ao público todo seu repertório inclusive o destaque ficar para o álbum intitulado “No céu da tua boca“ que foi produzido no Rio de Janeiro/RJ, pelo produtor musical Marquinhos dos Santos, atualmente baixista do Cantor Mumuzinho.

Neste espetáculo hipnotizante, você será transportado para as animadas ruas do Rio de Janeiro, onde o samba é mais do que música; é uma expressão de identidade cultural e uma manifestação ardente de alegria e vida. Juninho Aguiar e Banda apresentam algumas releituras e canções autorais com referências da “Velha Guarda” e da nova geração do Samba, através de suas músicas apaixonadas e excelência dos músicos que dividem e traduzem a essência contagiante do samba de uma forma única.

Apoio:
Trinca Produtora

Duração: 60 Min

Classificação: Livre

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Fome de Tolerância – Encontro das Artes

Este show apresenta uma combinação única de pop rock, soul e funk, oferecendo uma diversidade sonora peculiar. As linguagens enraizadas no espetáculo exploram o sentido literário e metafórico do tema, como por exemplo, a fome de arte, conhecimento, viver, cultura, humanidade, tempo  etc.

A banda Cuba & Outras Ilhas apresenta canções inéditas, e algumas releituras com toques pessoais de cada “Ilha” do arquipélago: Alex Lobão na guitarra, Luiz Letras no baixo e Gueda Gomes na Bateria.

Além do violão e a voz de Alexandre Cuba que divide em alguns momentos da apresentação a palavra com o ator e dramaturgo Silvio Tadeu e a atriz Márcia Marques.

Apoio:
Trinca Produtora

Duração: 60 Min

Classificação: Livre

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Tempo, Tempo, Tempo – Sarau

Uma reunião festiva e inspiradora que celebra a manifestação do tempo em forma de sarau artístico contemplando três fases da vida humana: infância, juventude e maturidade.

Por meio de textos de diversos autores que injetaram em seus escritos as suas ideias, experiências e conceitos sobre cada uma das fases. Uma fusão de poemas, interpretações e performance tendo como pano de fundo a execução ao vivo da trilha sonora do sarau utilizando elementos recicláveis como latas, garrafas e madeiras;

A apresentação é dividida em blocos em que um dos atores que também é artista plástico, executa ao vivo uma gravura que ilustra a passagem do tempo apresentada de cada fase.

Apoio:
@smculturasp
@ccmanoelmendonca
Trinca Produtora

Duração: 60 Min

  • Classificação: Livre
  • Local: Praça Dr. Francisco Ferreira Lopes, 434 – Santo Amaro, São Paulo

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