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Espetáculo aponta tempestades da educação com texto premiado e lançado em diversos países

Em cartaz no Teatro Ruth Escobar, o espetáculo “Se chovesse, vocês estragavam todos”, mostra o conservadorismo no ato de ensinar, que se repete e castra gerações.

Ao entrar  para a sessão do espetáculo “Se chovesse, vocês estragavam todos” em cartaz na intimista Sala Miriam Muniz do Teatro Ruth Escobar, Bela Vista, São Paulo, o espectador pode tomar um choque, ao ver três personagens inertes, prostrados em cadeiras de rodas.

Podem acreditar os mesmos, assim permanecerão até o fim dos quase setenta e cinco minutos de espetáculo.

Em cena a família “comportada ao extremo”, observa sem reação, literalmente falando, o entusiasmo juvenil da filha e neta com a descoberta da escola. Tudo é novidade e perfeito… até o momento das primeiras discordâncias, como bem manda o evoluir da juventude.

A partir dessa discordância, a ferramenta usada pela sedutora professora é o poder que cala, o mesmo que calou para sempre os familiares da jovem, transformados em bonecos.

A direção, que usa e abusa de metáforas, valoriza ao máximo o jogo cênico, e é de Carlos Meceni, cujo antecedente no Teatro de Arena, lhe dá mais do que bagagem para abusar da criatividade em um espaço como a Sala Miriam Muniz.

Segundo Meceni, “O espetáculo é importantíssimo para a área da educação, professores,  alunos e entendermos o quanto somos manipulados sem percebermos”.

Assistindo  ao espetáculo, podemos contemplar  a construção e descontração das pessoas, quando se idolatra quem nos oprime.

Sessão Especial dia 16 de Agosto com a presença do autor Clovis Levi 

“Gosto de tratar temas polêmicos sem perder a poesia“ afirma Clovis Levi, autor do texto, que estará pessoalmente, assistindo a sessão do espetáculo no dia 16 de Agosto, próxima sexta-feira, vindo diretamente de Portugal.

Se chovesse, vocês estragavam todos, foi escrito em coautoria com Tania Pacheco, recebeu o Prémio Governo Estado de São Paulo/Melhor Texto e foi apresentada em diversos países.

Clovis Levi foi diretor do Centro de Estudos Nacional de Artes Cênicas, da Funarte, e do Colégio de Direção Teatral, no Ceará, ambos no Brasil. Escreveu as séries de televisão O Bem Amado, DNA e ainda as novelas Mandacaru e O Todo Poderoso. É professor da Faculdade CAL de Artes Cênicas, no Rio de Janeiro e, juntamente com Pamela Jean, diretor do grupo Carretel de Histórias.

SE CHOVESSE, VOCÊS ESTRAGAVAM TODOS 

Texto: Clóvis Levi e Tânia Pacheco

Direção: Carlos Meceni

Elenco: Nina Mancin e Rai Teichimam

Participações Especiais: Geraldo Ferreira, Janete Caltabiano e Verônica Trindade.

Temporada até 27 de Setembro

Sextas às 20:30

Sala Miriam Muniz

Ingressos à venda: https://www.teatroruthescobar.com.br

Ao comprar os ingressos adquira o Cartão Fidelidade que garantirá descontos em todos os espetáculos da rede APETESP, Teatro Ruth Escobar e Teatro Maria Della Costa.

 

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Teatro Ruth Escobar aposta em Pluralidade de Espetáculos Teatrais no mês de Agosto 

Do drama ao stand-up, tradicional teatro da Bela Vista, promete uma agenda diversificada em Agosto, com múltiplas linguagens teatrais e cartão de desconto como vantagem aos espectadores.

Por Silvio Tadeu 

A Associação dos Produtores de Espetáculos Teatrais do Estado de São Paulo, APETESP, possui sob a sua direção, um dos mais importantes complexos teatrais na cidade de São Paulo, o Teatro Ruth Escobar, fundado em 1963 pela atriz e produtora cultural portuguesa, radicada no Brasil, Ruth Escobar (1935 a 2017).

Mantendo-se ativo pelos esforços da não menos importante entidade, o teatro promete para esse mês de Agosto, uma programação intensa e diversificada e com vantagens ao espectador que quiser prestigiar esse leque de opções.

Vamos falar nesta matéria dos espetáculos oferecidos ao público adulto, embora estejam também em sua grade, ótimas opções de infantis para a garotada.

FREUD E DITADURA E NO CENTRO  DO DRAMA 

“Freud e o Visitante” com a tradicional companhia de teatro paulista, o “Grupo Tapa”, está em cartaz na Sala Dina Sfat, sextas, sábados e domingos até o dia 01 de Setembro, texto do autor belga Eric-Emmanuel Schmitt, coloca em cena o pai da psicanálise, Freud, recebendo um inesperado visitante, na noite em que a sua filha Anna é presa pela polícia nazista.

A direção de Eduardo Tolentino de Araújo é cativante, trazendo leveza e humor a densos conflitos e aproveita bastante o talento de todo o elenco.

As obras de Freud foram queimadas pelos nazistas, que decretaram que, a psicanálise era uma “ciência judia”.

Ao assistirmos o espetáculo e fazermos uma ponte com a realidade atual, impossível não  respirarmos aliviados, ao saber que o Brasil tenha escapado de suas várias ditaduras, ainda que ela insista em vociferar em nossas portas.

Ainda dentro da temática “luta contra a opressão”, o Ruth Escobar apresenta mais um interessante espetáculo com dramaturgia nacional, “Se chovesse, vocês estragavam todos”. O texto produzido sob os ‘auspícios’ da ditadura, usa a metáfora como forma de denúncia à opressão. As cenas se passam ora na escola, ora na casa da aluna. Na escola, a professora seduz pela beleza e utiliza-se do ensino como um instrumento de poder a serviço dos interesses do Estado. Em casa, a aluna tem como interlocutores familiares que ousaram duvidar do sistema.

Um espetáculo imperdível apresentado em um teatro, cujo nome e fundadora, fez trincheira a ditadura brasileira e o teatro era um de seus alvos preferidos.

E SURGE A COMÉDIA 

Permanecendo há séculos como uma arte menor, difícil hoje imaginar uma programação em que a comédia não tenha o seu vitorioso reinado.

Para os apreciadores do  estilo, o Teatro Ruth Escobar traz duas irresistíveis opções:

Em cartaz há nove anos, “A Banheira“, com um elenco carismático, contando as confusões causadas quando um pai de família leva para a sua casa uma amante e acabam presos em um banheiro por um assaltante! Para completar a amante é parente da esposa do infeliz marido.

A receita de uma boa comédia, está no talento do elenco para essa difícil linguagem e as surpresas que texto e direção possam proporcionar. Todos esses ingredientes são encontrados nessa divertida “banheira”.

O Stand-up, que tomou força na capital a mais de dez anos, também se faz presente nesse leque de opções, prezando muitas vezes por uma simplicidade, geralmente um ator ou atriz, um microfone e um hilário roteiro, onde vida pessoal do artista e ficção  se misturam provocando risos, ou melhor gargalhadas. “Desventuras de um quarentão” com Wagner Rodrigues se apresenta às 23 horas na sala Miriam Muniz, confirmando a tese de que a vida começa aos quarenta e também as muitas confusões.

FACILIDADES AOS ESPECTADORES 

Quem quiser desfrutar de todos os espetáculos da casa, a APETESP coloca a disposição o Cartão Fidelidade que garante a quem assistir a um espetáculo, desconto nos demais.

APOIO AOS PRODUTORES CULTURAIS 

Atualmente presidida por Chico Cabrera, diretor e produtor cultural, a APETESP ou Associação de Produtores de Espetáculos Teatrais do Estado de São Paulo, vem desenvolvendo nessa gestão, um trabalho de reaproximação da entidade com a classe artística e as políticas culturais da cidade, bem com o público, ausente das apresentações presenciais por dois anos durante a Pandemia de Covid-19.

Para isso, as Leis de Incentivo garantiram reformas estruturais e manutenção das salas de ensaios e apresentações tanto do Teatro Ruth Escobar, como do Teatro Maria Della Costa, também administrado pela entidade e adquirido em 1972, sendo a primeira sede da instituição em São Paulo.

Desta forma a APETESP continua seu trabalho e relevância no cenário artístico e cultural, zelando pelo passado, ao manter espaços históricos, caminhando  para o futuro, ao abrigar e oferecer novas produções ao público.

Serviço:  

Espetáculos Gênero Adulto no Teatro Ruth Escobar 

“Freud e o Visitante” 

Temporada até 01  de Setembro

Sextas, Sábados e Domingos

Horário:  20 horas

Sala Dina Sfat

“Se chovesse, vocês estragavam todos” 

Temporada até 27 de Setembro

Sextas às 20:30

Sala Miriam Muniz

“A Banheira”  

Temporada até 08 de Setembro

Sextas às 20:30

Sábados e Domingos às 9 horas

Sala Gil Vicente

“Desventuras de um quarentão”

Temporada até 31 de Agosto

Sábados às 23 horas

Sala Miriam Muniz

Cartão Fidelidade: Na compra de um ingresso retirar  cartão na mesma bilheteria que garantirá descontos nos demais espetáculos do teatro.

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Maria, A Bonita no Vila Itororó

No mês em que se comemoram 86 anos do assassinato de Maria Bonita e todo bando de Lampião, o Centro Cultural Vila Itoró apresenta monólogo biográfico de uma das mulheres mais famosas da História do Brasil.

Maria Gomes de Oliveira ou Maria Bonita, nasceu na Bahia, foi casada, mulher do lar, abandonou tudo para seguir a vida do cangaço, ao lado de seu companheiro Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião.

Maria Bonita foi a primeira mulher a integrar o bando, que espalhou o terror em vários estados do Nordeste. O bando de Lampião sitiava e saqueava cidades, com muita violência, sendo acobertado e protegido por figuras importantes da política e da polícia na época, atraindo até mesmo a imprensa internacional na época.

Mesmo assim, para uma parte da população sertaneja, o cangaço encarnou valores como bravura, heroísmo e senso de honra.

A encenação da Companhia Àgata de Artes, com texto de Silvio Tadeu, apresenta a atriz Gigi Santos encarnando a personagem título, trazendo momentos da sua infância, do primeiro casamento, do encontro com Lampião, o nascimento da primeira filha, perseguição e morte pela polícia do estado de Sergipe.

A insubordinação da personagem diante do machismo da época também são discutidos e não obstante, a data de nascimento da personagem coincide com a data de comemoração do Dia Internacional da Mulher, embora haja controvérsias se Maria Gomes nasceu mesmo nesse dia.

A apresentação acontecerá em um espaço também bastante simbólico. O Centro Cultural Vila Itororó é um espaço público e cultural da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo que contempla um conjunto remanescente de edificações construídas nos anos 1920. A Vila Itororó sempre teve como uso principal a moradia, mas foi tornada patrimônio histórico e desapropriada para fins culturais a partir de 2013.

Serviço:

Maria, a bonita
Data : 05 / 07/ 2024
Horário : 19 horas
Local : Centro Cultural Vila Itororó – Rua Maestro Cardim , 60 – Bela Vista
Ingressos Gratuitos retirados em até 30 minutos antes do início do espetáculo

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Eventos Gratuitos em São Paulo

Cancelamento de shows de grandes nomes, redução de temporada de festivais, fazem produtoras tentar contornar a crise das bilheterias, com parcerias e ingressos gratuitos.

Há pouco tempo, fomos surpreendidos com o cancelamento de shows de grandes nomes da nossa música popular, e o prenúncio de que, a bolha de shows no Brasil estourou.

Primeiramente é necessário esclarecer: a vida do produtor cultural jamais foi fácil!

Uma produção teatral ou musical demanda tempo, dedicação e principalmente dinheiro.

Uma vez pronto, o produto cultural precisa ser levado ao público e o tripé tempo, dedicação e dinheiro, reaparecem imponentes, agravados pela concorrência. A relevância do produto e a exposição midiática que o mesmo atrai, definirá quem terá mais casa cheia para prestigiar o que está sendo apresentado.

Pensando nisso, algumas produtoras, tem procurado caminhos alternativos para continuar a estar presente no cenário cultural.

É o caso da Trinca Produtora, que no dia 14 de junho, uma sexta-feira, oferece teatro e música à capital paulista, em espaços públicos e com ingressos gratuitos.

Segundo o músico e gestor cultural da Trinca, Alexandre Cuba, “todo artista em algum momento, respira do coletivo para apresentar seu trabalho solo, pensando em arranjos e formas diferentes de construção de suas criações. Estou neste momento de minha carreira”, justificando seu primeiro show solo, que será apresentando no dia 14 de Junho às 19 horas, na Casa de Cultura Santo Amaro, espaço de manifestações culturais diversas, como o tradicional “Samba da Vela“.

Sobre  artes cênicas, o teatro também vem gratuito no mesmo dia 14, às 20 horas, com a Companhia Ágata de Artes revisitando a vida e obra de um grande escritor. “O Retrato de Oscar Wilde” estará no Teatro Flávio Império, outro espaço bastante popular na Zona Leste de São Paulo.

Segundo o diretor da Companhia, Silvio Tadeu, produzir sem patrocínio já faz parte do histórico da companhia, existente há 23 anos. “Parcerias com espaços públicos, associações, secretarias de cultura, produções criativas e econômicas são muito bem vindas. O importante é que a arte aconteça.”, ele afirma.

Se estourou ou não a bolha de shows e espetáculos no Brasil, o fato é, produtores culturais sempre acharão uma forma de resistir. Nem mesmo o isolamento social provocado pela pandemia de Covid-19 os impediu, sendo nesta fase, a arte “on-line” a sua principal forma de expressão.

E se, os preços das atrações andam assustando você seguem aí dois eventos gratuitos.

Para ambos é necessário retirar os ingressos até 30 minutos antes do início, sem necessidade de reservas.

ALEXANDRE CUBA EM SHOW SOLO

O produtor cultural Alexandre Cuba se apresenta na icônica Casa de Cultura de Santo Amaro, espaço de manifestações culturais populares como o Samba da Vela.

Fundador da banda Cuba & Outras Ilhas, onde mantém uma trajetória organizada e sólida, compositor sensível e competente, traz diversas influências que vão desde Secos & Molhados, Rita Lee, Caetano, Djavan, além é claro, e suas influências familiares, como seu bisavô Davi Coutinho que foi um importante músico da Banda Sete de Setembro da cidade de São Romão MG.

SERVIÇO: Música Popular Brasileira
LOCAL: Casa de Cultura de Santo Amaro/ Manoel Cardoso de Mendonça
DATA: 14/06
HORÁRIO: 19h
ENDEREÇO: R. Dr. Antônio Bento, 213 – Santo Amaro, São Paulo – SP.
INGRESSOS: Gratuitamente no local

OSCAR WILDE NO TEATRO FLÁVIO IMPÉRIO

A peça teatral “O Retrato de Oscar Wilde” retorna aos palcos, dando uma nova oportunidade ao público paulista, de conhecer um pouco da vida e obra de um dos maiores escritores da literatura internacional.

O espetáculo, da Companhia Ágata de Artes, que completa 23 anos de contribuição para a esfera artística e cultural de São Paulo, tem como objetivo através da história de vida de Oscar Wilde, trazer uma reflexão da homofobia presente até os dias de hoje.

SERVIÇO :  Espetáculo  Teatral
LOCAL: Teatro Flávio Império
DATA: 14/06
HORÁRIO: 20h
ENDEREÇO: R. Prof. Alves Pedroso, 600 – Cangaiba, São Paulo – SP
INGRESSOS: Gratuitamente no local

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Oficina e Vivências Ancestrais

TEATRO E ANCESTRALIDADE

Em fase de pré-produção do novo espetáculo, a Companhia Ágata de Artes abre seu processo de pesquisa ao público, discutindo Ancestralidade, Umbanda, Candomblé e Intolerância Religiosa.

Tendo as suas origens na religião e na mitologia grega, mais diretamente, no culto ao deus Dionísio, o teatro narrou feitos heroicos da antiguidade em grandes tragédias. Foi adotado pelo catolicismo na Idade Média com seus Autos Catequizadores e renasceu em caráter popular com o Teatro Moderno. Virou indústria de entretenimento como Teatro Musical, enfrentando e sobrevivendo a concorrência do Rádio e da TV, driblou a ditadura e a censura. Em tempos mais atuais, virou Teatro On-Line na Pandemia do Covid-19 e continua reinando, mesmo sob a febre da Netflix.

O teatro sempre esteve presente, jamais ausente, nunca silencioso, na história da humanidade e nas suas transformações.

Completando 23 anos de produções ininterruptas, a Companhia Ágata de Artes, refaz o encontro do teatro com as suas raízes religiosas, se inspira no assassinato da Ialorixá Maria Bernadete Pacífico, na carreira da cantora Clara Nunes e nas religiões de matriz africana para discutir ancestralidade e intolerância religiosa, que deram a companhia, origem a uma nova dramaturgia e a oportunidade de abrir seu processo criativo ao público em geral.

CONHECENDO A ANCESTRALIDADE ATRAVÉS DO TEATRO

A partir do dia 28 de Abril a Ágata irá promover encontros e vivências que fazem parte do novo trabalho, e tem como título provisório de “Terreiro dos Aflitos”, introduzindo todos os participantes no histórico da Ancestralidade Brasileira, na Dança Indígena e Africana, Mitologia dos Orixás e ainda na Introdução a Técnicas Teatrais, onde alguns selecionados irão participar da montagem e apresentação do espetáculo da Companhia, com previsão de estreia para o segundo semestre.

“O objetivo destas vivências é promover o encontro das pessoas com o Teatro, discutirmos a intolerância religiosa e dissipar qualquer tipo de preconceito contra as religiões de matriz africana”, garante o diretor da Companhia Ágata, Silvio Tadeu.

RACISMO RELIGIOSO ATUAL

Uma pesquisa coordenada pela Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras aponta que, quase a metade de 255 terreiros registraram até cinco ataques a seus espaços religiosos nos últimos dois anos, tendo aumento de até 106% em denúncias entre os anos de 2021 e 2022.

“Toda forma de preconceito ou discriminação que a humanidade propõe há séculos, para si mesma, serve para manter acesa a essência selvagem, combinada com a necessidade de controle humano.” completa Alexandre Cuba, gestor da Trinca Produtora, que atualmente representa a Companhia Ágata e irá coproduzir ”Terreiro dos Aflitos”.

ESPETÁCULOS QUE DISCUTEM A SOCIEDADE

Fundada em 2001, a Companhia Ágata de Artes vem perseguindo discussões sociais em seus últimos projetos, abordando temas como:

Homofobia: “O Retrato de Oscar Wilde”, e o racismo sob a ótica feminina no espetáculo: “Mulheres Negras”.

Clássicos como “Hamlet”, de Willian Shakespeare e “O Cortiço” do brasileiro Aluísio Azevedo também foram visitados pela Cia durante seus 23 anos de existência.

SERVIÇO“TEATRO E ANCESTRALIDADE”

CONTEÚDO:

  • Ancestralidade: o que é e qual a importância?
  • Dança Indígena
  • Dança Africana
  • Vivência de dança Indígena com tambor e outros elementos
  • Vivência de dança africana
  • Mitologia: O que é? Qual a importância?
  • Mitologia dos Orixás
  • Dança dos Orixás
  • Dança Afro Contemporâneo
  • Introdução à dança percurssiva
  • Dança Percurssiva
  • Introdução a Técnicas Teatrais
  • Análise do Texto e Personagens: “Terreiro dos Aflitos”

Ao final do processo, alguns selecionados irão participar da montagem e apresentação do espetáculo.

FACILITADORES:

JU CAMATA

Atriz, diretora, coreógrafa, Xamânica e Reiki.

JORGE OLIVA

Ator, diretor, coreógrafo, Mestre em Mitologia e Arquétipos Gregos e Africanos. Pesquisador das religiões de matriz africana.

MÁRCIO MENDES

Arte Educador, percussionista, pesquisador da Dança Afro Contemporânea e Ogãs e  Tambores.

SILVIO TADEU

Ator, diretor, produtor cultural, fundador da Companhia Ágata de Artes, fitoterapia e meditação.

METODOLOGIA:

  • Encontros Mensais Presenciais
  • Encontros Semanais Online
  • Palestras
  • Vivências
  • Simulados

A partir de 28/04 – Rua Carlos Sampaio, 305 – Próximo Metrô Brigadeiro.

Maiores Informações sobre como se inscrever para as vivências, “Teatro e Ancestralidade” poderão ser obtidas através do WhatsApp: (11) 98678-5420.

Aberto a todos que se interessa por Ancestralidade, Religião de Matriz-Africana ou Teatro, com ou sem experiência.

Por: Carvalho Oliveira – MTB: 79.298-SP – (11) 98678-5420

Apoio:
Trinca Produtora

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Lideranças de 7 partidos e da sociedade civil se unem em defesa das Oficinas Culturais

Recentemente, o setor cultural do estado de São Paulo foi surpreendido pela notícia da extinção do programa Oficinas Culturais pela Secretaria Estadual de Cultura, Economia e Indústria Criativas, por meio do decreto nº 68.405, de 21/03/2024.

O fechamento das Oficinas não apenas privará inúmeras comunidades de oportunidades culturais essenciais, mas também terá um impacto negativo significativo no tecido cultural e econômico de São Paulo. Por esse motivo, foi criado o movimento Fica Oficinas Culturais, que lança hoje a Carta em Defesa das Oficinas Culturais do Estado de São Paulo, com o objetivo de revogar o decreto que extinguiu o programa, dando continuidade a uma política pública histórica do estado e revertendo inclusive o fechamento do espaço físico da Oficina Cultural Alfredo Volpi, de fundamental importância para a comunidade de Itaquera, bairro localizado na periferia de São Paulo.

A iniciativa conta com o apoio de artistas, ex-secretários municipais e estaduais, intelectuais e personalidades como os atores Aílton Graça, Cassio Scapin, Denise Stoklos e Esther Góes, o músico Ivan Lins, o poeta Sergio Vaz, o diretor da Fundação Fernando Henrique Cardoso, Sergio Fausto, o ex-Secretário Estadual da Cultura e presidente Nacional do PV, José Luiz Penna, o ex-Secretário Estadual da Justiça e da Defesa da Cidadania e ex-presidente do Conselho Curador da Fundação Padre Anchieta/TV Cultura, Belisario dos Santos Junior, e o economista e ex-presidente da Petrobras, Henri Philippe Reichstul.

A carta também é assinada por lideranças políticas de 7 partidos (PT, PSB, PDT, PSOL, PCdoB, PV e REDE Sustentabilidade), como: os deputados federais Orlando Silva (PCdoB), Luiza Erundina e Professora Luciene Cavalcante (PSOL), Juliana Cardoso (PT) e Erika Hilton (PSOL, líder do PSOL e REDE na Câmara dos Deputados); os deputados estaduais Caio França (PSB), Professora Bebel (PT, presidente da Comissão de Educação e Cultura da Alesp), Carlos Giannazi (PSOL), Marina Helou (REDE) e a Bancada Feminista (PSOL); os vereadores Celso Gianazzi (PSOL), Eliseu Gabriel (São Paulo – PSB) e Gustavo Petta (Campinas – PCdoB); a ex-vice-prefeita de São Paulo, Nádia Campeão; e o presidente municipal do PDT em São Paulo, Antonio Neto.

Diversas organizações e movimentos da sociedade civil, representando trabalhadores da cultura em todo o estado, também endossam a carta. Entre eles estão o FLIGSP – Fórum do Litoral, Interior e Grande São Paulo, as Cooperativas Paulistas de Dança e de Teatro, o SATED – Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões no Estado de São Paulo, o ICine – Fórum de Cinema do Interior Paulista, que engloba 108 municípios, a Associação Paulista de Empreendedores Culturais, a Associação de Artistas Coreanos no Brasil, uma comunidade de imigrantes proeminente no bairro do Bom Retiro, e o Encontro de Vizinhos, um grupo que reúne diversos representantes culturais do Bom Retiro, onde está situada a Oficina Cultural Oswald de Andrade.

Em uma ação de resistência marcada para sábado, dia 13/04, das 11h às 13h, nas três Oficinas Culturais da capital, Oswald de Andrade, Alfredo Volpi e Juan Serrano, será realizado o ATO Contra o Fechamento das Oficinas Culturais. Participantes se unirão para lutar pela preservação desse programa e dos espaços vitais para a cultura e a arte do estado. O evento incluirá manifestações culturais e discursos que destacarão a importância das Oficinas Culturais para a comunidade artística e cultural do estado de São Paulo.

São Paulo, 11 de abril de 2024
Sobre as Oficinas Culturais:
Um programa criado em 1986 pelo governo de Franco Montoro em meio ao processo de redemocratização do país, que destaca-se pela sua importância como uma fonte inesgotável de conexão cultural, experimentação artística e formação abrangente para pessoas de todas as idades em centenas de municípios paulistas. Desde então, desempenha um papel vital na promoção da diversidade cultural e no acesso à arte e à cultura em todo o estado de São Paulo. As Oficinas Culturais constituem um programa da Secretaria Estadual de Cultura, Economia e Indústria Criativas, atualmente gerido pela organização social Poiesis.

Serviço:

Carta em Defesa das Oficinas Culturais do Estado de São Paulo – CLIQUE AQUI

ATO Contra o Fechamento das Oficinas Culturais:
● Data: Sábado, 13/4
● Horário: Das 11h às 13h
● Local: Nas três Oficinas Culturais da capital:
● Oficina Cultural Oswald de Andrade: Rua Três Rios, 363, Bom Retiro.
● Oficina Cultural Alfredo Volpi: Rua Américo Salvador Novelli, 416, Itaquera.
● Oficina Cultural Juan Serrano: Rua Joaquim Pimentel, 200, Brasilândia

Contato:
E-mail: ficaoficinasculturais@gmail.com
Natalia Vieira: 16 98814-9415 (telefone e WhatsApp)
Talita Bretas: 11 98484-5516 (telefone e WhatsApp)
Murilo Muraah: 11 99293-2308 (WhatsApp)

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Ensaios Perversos em nova edição

O Ensaios Perversos, ação mensal da Cia Perversos Polimorfos, dirigida por Ricardo Gali, que tem proposto gerar ambientes férteis que semeiem estudos, discussões e partilhas artísticas, especialmente em espaços deslocados do centro, para colaborar com o fortalecimento cultural a partir do desenvolvimento de redes criativas entre artistas de distintos segmentos, bem como a expansão do público promovendo novas formas de sociabilidade, acontece nesta quinta, dia 28 de março, das 19h à meia-noite, no Clube da Comunidade Vento Leste – Dolores Boca Aberta.

Construído por mutirões comunitários há 18 anos, em área pública abandonada na Zona Leste da capital, o CDC Vento Leste, além de espaço-sede do grupo de teatro Dolores Boca Aberta, hoje abriga outros coletivos independentes de diversas áreas e linguagens, centro desportivo revitalizado e um parque de esculturas a céu aberto, com uma efervescência sociocultural surpreendente, igualável a de poucos espaços da cidade.

O programa se dá em três momentos independentes – “Conversas sem Fim” recebe Sylviane Guilherme, bailarina da desCompanhia de Dança de Curitiba e integrante do Coletivo Nacional de Cultura do MST, para falar sobre o “Corpo telúrico dançante: da desterritorialização do corpo e da dança até o MST”; seguida de “Preliminares”, com as performances “Corpo Barraco”, de Douglas Iesus, do coletivo Fragmento Urbano, e “Preto Abstrato”, de Eliana de Santana, da E² Cia de Teatro e Dança; e por último, “Dance Floor”, com o DJ Gil BF, com um set eclético que vai do hip hop, passeia pelo samba e MPB até o rock, reggae e funk soul.

A partir de sua vivência como artista, educadora, pesquisadora da dança e integrante do Coletivo Nacional de Cultura do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra de Curitiba, Sylviane Guilherme levanta o tema da materialidade dos debates e das práticas sobre corpo no MST, questionando se a dança tem ou não intencionalidade política estratégica para o movimento, que reúne comunidades rurais pela conquista da reforma agrária e a defesa do meio ambiente. Sylviane Guilherme é doutoranda em Educação, pela UFPR, mestra em Desenvolvimento Territorial na América Latina e Caribe, pela UNESP, e licenciada e bacharel em Dança, pela FAP/UNESPAR.

O bloco “Preliminares” tem início com o solo “Corpo Barraco”, de Douglas Iesus, que parte de um texto escrito pelo próprio artista no livro “Por entre esquinas”, referente à construção de um barraco na quebrada pelo corpo de um homem preto e periférico. Pesquisador e educador de dança da periferia de São Paulo, Iesus fundou e dirige o grupo Fragmento Urbano de Dança desde 2009, onde desenvolve e aprofunda suas investigações artísticas.

Na sequência, Eliana de Santana dança a nova pesquisa da E² Cia de Teatro e Dança, “Preto Abstrato”, que tem como motivação inicial construir um trabalho a partir de um viés abstrato, numa ação ou resultado cênico que não traga nenhuma referência direta ao real, numa poética do corpo e do espaço, que possa existir e fazer sentido por si só. Eliana de Santana dirige a E² Cia de Teatro e Dança, núcleo que desde 1996, atua principalmente na área da dança contemporânea criando espetáculos cujo tema e poética estão ligados a questões do sujeito anônimo e se utiliza de ferramentas como células móveis de composição no processo de confecção das obras.

Até a meia-noite, DJ Gil BF comanda a pista de dança, com uma seleção musical diversa, mesclando clássicos, atualidades e músicas da cena alternativa e underground. Além de DJ, Gil BF é pesquisador e editor do Portal de Hip-Hop Bocada Forte.

Em seus 10 anos, comemorados em 2024, “Ensaios Perversos” tem como fundamento trazer discussões em educação, filosofia, psicologia e direitos humanos na contemporaneidade. A ação, que surgiu de modo independente,  integra neste momento projeto contemplado pelo programa de Fomento à Dança para a Cidade de São Paulo, da Secretaria Municipal de Cultura.

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Serviço

Ensaios Perversos – ação da Cia Perversos Polimorfos – direção – Ricardo Gali

28/3 (quinta), das 19h às 24h

19h     – Conversa sem fim – “Corpo telúrico dançante: da desterritorialização do corpo e da dança até o MST”, com Sylviane Guilherme

20h30 – “Preliminares” – apresentação de” Corpo Barraco”, com Douglas Iesus / Fragmento Urbano

21h     – “Preliminares” – apresentação de “Preto Abstrato”, com Eliana de Santana/E² Cia de Teatro e Dança

22h     – “Dance Floor” – DJ Gil BF (até 24h).

CDC Vento Leste – Dolores Boca Aberta (ZL)

Rua Frederico Brotero, 60 – Jardim Triana (Próximo ao Metrô Patriarca)

Acessibilidade: sim

Grátis

Para saber mais:

www.perversospolimorfos.com.br

facebook.com/CiaPerversosPolimorfos

https://www.instagram.com/ciaperversospolimorfos/

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Osmar Prado volta ao teatro

Ator divide a cena com Maurício Machado em ‘O Veneno do Teatro’, que estreia no SESC Santana

Quase uma década após pisar pela última vez nos palcos, no musical Barbaridade onde dividiu a cena com Susana Vieira, Osmar Prado retorna à cena com O Veneno do Teatro, thriller escrito pelo espanhol Rodolf Sirera e que cumpre temporada no palco do Teatro do SESC Santana a partir do dia 23 de fevereiro, sexta-feira.

Sob a direção de Eduardo Figueiredo, Prado divide a cena com Maurício Machado para narrar a história de um encontro entre um marquês sádico que convida um ator famoso para sua casa para um jogo, no qual encenam um texto de sua autoria sobre o processo de julgamento e execução do filósofo grego Sócrates.

À medida que a peça se desenvolve, a personagem de Prado impõe ao convidado um jogo perigoso que faz com que ele se aproxime cada vez mais de sua personagem e, por consequência, de seu destino. Escrito em 1978, o texto bebe de inspiração direta de A Pane, do dramaturgo suíço Friedrich Dürrenmatt (1921-2990).

Em cartaz até o dia 24 de março, com sessões de quinta-feira a sábado às 20h e domingos às 18h, O Veneno do Teatro seguirá em turnê por cidades como Belém, Goiânia, Porto Alegre e Rio de Janeiro. Os ingressos custam de R$ 25 (meia) a R$ 50 (inteira).

Fonte : O Tempo

Foto : Divulgação

 

 

 

 

 

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Fernanda Montenegro anuncia leitura de Simone de Beauvoir em teatro no Rio de Janeiro

Fernanda Montenegro anunciou em suas redes sociais nesta quarta-feira (14.02) uma curta temporada no Teatro Prio, no Rio de Janeiro, fazendo a leitura de Simone de Beauvoir. No vídeo do anúncio, a atriz narra a novidade.

Em 2024, Fernanda Montenegro completa 80 anos de carreira & 95 anos de vida. “Diz Simone de Beauvoir: ‘Eu não aspiro a que as mulheres mudem apenas a situação das mulheres, mas que as mulheres mudem o mundo‘. A partir do dia 8 de março de 2024, estaremos por quatro semanas apresentando a leitura de Simone de Beauvoir no Teatro Trio, no Jóquei Clube do Rio de Janeiro. Espero você”, anuncia.

Fernanda Montenegro é atriz e considerada a grande dama do cinema e da dramaturgia do Brasil.

Nascida Arlete Pinheiro da Silva em um subúrbio carioca, fazia curso de secretariado quando se inscreveu em um concurso para locutora e ganhou seu primeiro emprego, logo integrando um grupo de teatro e se tornando radioatriz.

Aos 23 anos se casou com o ator Fernando Torres, com quem teve dois filhos, o diretor Claudio Torres e a atriz Fernanda Torres.

Ao lado do marido, ela estreou no teatro, iniciando uma bem sucedida carreira de mais de sete décadas, com trabalhos marcantes como as peças ‘As Lágrimas Amargas de Petra von Kant’, ‘Dias Felizes Virão’ e ‘Beijo no Asfalto’; os filmes ‘Eles Não Usam Black-Tie’, ‘O Auto da Compadecida’ e ‘Vida Invisível; e as novelas ‘Baila Comigo’, ‘Guerra dos Sexos’, ‘O Dono do Pedaço’ e ‘Belíssima’, entre dezenas de produções.

Indicada ao Oscar de Melhor Atriz por ‘Central do Brasil’, venceu o Emmy Internacional de Melhor Atriz por ‘Doce de Mãe’.

Fontes : Glamour e Quem

Foto : Divulgação

Silvio Tadeu 

15/02/2024

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Fome de Tolerância – Encontro das Artes

Este show apresenta uma combinação única de pop rock, soul e funk, oferecendo uma diversidade sonora peculiar. As linguagens enraizadas no espetáculo exploram o sentido literário e metafórico do tema, como por exemplo, a fome de arte, conhecimento, viver, cultura, humanidade, tempo  etc.

A banda Cuba & Outras Ilhas apresenta canções inéditas, e algumas releituras com toques pessoais de cada “Ilha” do arquipélago: Alex Lobão na guitarra, Luiz Letras no baixo e Gueda Gomes na Bateria.

Além do violão e a voz de Alexandre Cuba que divide em alguns momentos da apresentação a palavra com o ator e dramaturgo Silvio Tadeu e a atriz Márcia Marques.

Apoio:
Trinca Produtora

Duração: 60 Min

Classificação: Livre

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